Contra a Insônia: a promessa de novos medicamentos
(Dalva Poyares; Flávio Aloé;)
Estudos internacionais estimam que de 30 a 48% da população tenha sintomas noturnos de insônia, mas, seis medicamentos hipnóticos, ainda em estudo, estão sendo considerados pelos médicos uma grande promessa para ajudar os insones a conviver melhor com as intermináveis noites em claro. Com atuação mais específica no cérebro, reduzem os efeitos colaterais. As novas drogas pertencem à categoria dos não-benzodiazepínicos. O grupo não é novo e algumas substâncias, como o Zolpidem, já estão no mercado, mas os novos compostos tratam a insônia de forma mais eficiente. Gaboxadol e Indiplon são os dois ainda em pesquisa. Os outros quatro (Tiagabina, Ramelteon, Agomelatina e Pregabalina) já são usados para tratar outros problemas e estão sendo estudados agora para combater a insônia. O Gaboxadol aumenta o sono de ondas lentas, uma das fases em que nos sentimos mais repousados; o Indiplon mantém a estrutura fisiológica do sono e este fica mais parecido com o que não é induzido por medicamentos, ou seja, mais repousante. Os medicamentos benzodiazepínicos e os não-benzodiazepínicos atuam na mesma região do cérebro, junto aos receptores GABA-A (ácido gama-amino-butírico), entretanto a diferença é que os últimos conseguem atingir uma parte mais específica desses receptores para o tratamento da insônia. Os não-benzodiazepínicos foram lançados depois dos medicamentos benzodiazepínicos (Lexotan e Dormonid, por exemplo) e antes deles os médicos receitavam para s insones barbitúricos (Gardenal). Apesar das boas promessas do não-benzodiazepínicos, os benzodiazepínicos continuam sendo úteis como no controle da ansiedade dizem os médicos. Persiste a indicação quanto à higiene do sono que deve ser a base do tratamento e entre as recomendações para ela estão evitar bebidas estimulante à noite, não fazer exercícios físicos perto da hora de dormir e verificar as condições do quarto como a luz, temperatura e ruídos que deverão ser de até 30 decibéis.
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