BUSCA

Links Patrocinados



Buscar por Título
   A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z


Minha Vida
(Bill Clinton)

Publicidade
Qualquer um que tenha respirado nos últimos meses sabe, Minha Vida de William Jeefferson Clinton é mais do que um livro. É um acontecimento noticioso, um pedaço da história, um testamento pessoal, um trabalho a ser debatido por anos pelos partidos políticos, a maioria deles não o terão lido realmente. Talvez possa haver entendimento geral em um ponto: este livro consistente é a apologia mais completa e abrangedora já produzida por um ex-presidente americano. Seu único concorrente distante é a autobiografia de Grant – mas quando você compara o escopo dos dois livros, o de Clinton surge como o mais abrangente, com uma margem grande. Não é simplesmente só uma descrição dos termos presidenciais; é uma autobiografia muito poderosa, começando com seu nascimento na página 1 e continuando até sua aposentadoria no governo e conclusão final na página 957. Mesmo como um objeto físico Minha Vida é assustador. O livro pesou 1,5 kg na balança de meu banheiro. Clinton define-se como sendo, tanto “um animal político” como um “Nerd da política”. Esta é uma boa descrição concisa do livro, que está na superfície dos programas defendidos por ele, posição que ele apoiou em todos os campos concebíveis, estrangeiro e doméstico; discursos que proferiu, e viagens que fez, líderes com quem negociou, desde os chefes rurais do Arkansas aos chefes de estado estrangeiros. O livro é muito longo, e dá calafrios ao ler seu reconhecimento sobre como foi persuadido a desistir. A escrita pode ser alegre e citável em uma página e ponderada na próxima. Minha Vida é voltado para os próprios interesses? Naturalmente, esta é a súmula de Clinton, em sua própria defesa, sua chance de apagar as inúmeras críticas ainda ativas. Ele se vê como um progressista moderado, não totalmente radical de esquerda e abertamente em guerra com a facção de direita do Partido Republicano. O seu desprezo pela ala Gingrich-DeLay-Armey do GOP (Velho Partidão) é um tema importante no decorrer do livro. Talvez o mais importante de seus heróis seja um companheiro do Arkansas, Senador J. William Fullbright, tradicional presidente do Comitê de Relações Externas do Senado. Clinton começa sua carreira em Washington como um mero secretário deste Comitê. O Ex-Presidente também fica triste com a preferência nacional por fatos secundários da política ao invés de notícias substantivas. Com freqüência ele se queixa por que a fascinação pública por futilidades impediu o mundo de aprender as coisas que ele considerava importantes e interessantes. Isto nos leva, logicamente, ao assunto de sua vida privada como Presidente. Leitores cujo único interesse está no caso Mônica Lewinsky, Paula Jones, Gennifer Flowers, Whitewater, Vincent Foster, e outros eventos tão excitantes, encontrarão todos eles aqui, e tratados com
a reserva “Clintoniana e estritamente de seu ponto de vista pessoal. Ele admite seus delitos sexuais e se desculpa (em particular muito profusamente, eu acho). Mas estes episódios são só uma gota no grande oceano de sua carreira pública e presidência combatente. Muitos deles ele repudia mais como tentativas partidárias para destruí-lo do que investigações honestas de acontecimentos questionáveis. Kenneth Starr aparece, em particular, mais como um tipo de Javert criado em casa, um torturador inescrupuloso e sem moral, do que um promotor público. Não há motivo para um redator tentar separar isto. Cada leitor terá sua perspectiva. Quanto a mim, sou grato, de qualquer forma, porque estes assuntos não dominaram a maior parte da narrativa, eles são uma parte desagradável, mas certamente necessária. A descrição de Clinton sobre seu batismo de fogo político e ascensão em Arkansas, em primeiro lugar parece bem mais interessante e importante no quadro geral de sua vida. Certamente, não é sexy, mas mais interessante. Faltou a Clinton, como escritor, o mesmo que lhe faltou como Presidente: autodisciplina. O nível de detalhes neste livro é incrível (lembra aqueles discursos no Congresso de mais de 80minutos?). O número de nomes citados é imenso; nós aprendemos sobre os estilos pessoais dos políticos em metade do Arkansas, e também dos líderes de governo de metade das Repúblicas de Bananas na face da terra. Hilary e Chelsea também estão lá, naturalmente, algumas vezes encorajando-o, outras vezes tramando com ele, e a equipe da Casa Branca, até o nível do serviço de mordomia, é pontualmente lembrada. Clinton não é mais bem sucedido do que outros escritores, quando detalha, para o escritor leigo, as interessantes batalhas de Washington sobre o orçamento. O mesmo processo se aplica a algumas medidas em casos internacionais, as prolongadas negociações de paz no Oriente Médio, por exemplo, estão aqui em um nível de detalhes que certamente serão somente do interesse especialistas. Minha Vida é um livro que tem importância em todo ele. Entretanto, não é consistentemente interessante porque fica atolado em demasiados detalhes. É o testamento de Bill Clinton, sua bazófia e sua mea culpa, tudo de uma vez. Quando chega à página 957 você sabe que leu algo que realmente importa - mas você fica alegre por que acabou.



Resumos Relacionados


- Hillary Clinton Para Presidente Dos Eua

- Obama Acampamento: O Que Está Escondendo Clinton?

- Um Gracejo Da Força Aérea

- Bill Clinton

- Bill Clinton



Passei.com.br | Biografias

FACEBOOK


PUBLICIDADE




encyclopedia