BUSCA

Links Patrocinados



Buscar por Título
   A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z


O Imperialismo na China - Parte I
(Miss Emery)

Publicidade
Durante muito tempo, a China foi comercialmente assediada pelos países europeus. As inúmeras tentativas ocidentais, de estabelecer um comércio fixo com o Reino Celestial, indicavam o desejo por mercadorias chinesas, tais como: seda, porcelana e chá. Contudo, o império manchu nunca viu com bons olhos uma possível relação comercial com a Europa e sua posição sempre foi de quase total fechamento ao mercado externo. Esta atitude era evidenciada pelas poucas transações comerciais existentes, que eram autorizadas em alguns poucos portos ao sul, principalmente em Cantão. Este foi o panorama que vigorou até o início do século XIX, período marcado pela expansão da industrialização européia, e, conseqüentemente, pelo surgimento das grandes potências imperialistas.             
         Infiltrando-se na Índia, através da Companhia Britânica das Índias Orientais, a Inglaterra descobriu uma maneira de acabar com o protecionismo da China. Adjacente ao território chinês, sendo a maior produtora de ópio do período, a Índia virou fornecedora do produto que arruinou o isolamento comercial do império manchu. Este entorpecente logo se transformou em uma praga entre chineses e seu contrabando foi considerado muito lucrativo para Inglaterra, principalmente, à medida que tal produto virou moeda de troca para obtenção de mercadorias chinesas. Porém, a Inglaterra investindo no comércio do ópio no território manchu, conseguiu apenas uma parte de seus objetivos, pois suas pretensões eram maiores e não se resumia apenas no comércio dos apreciados produtos chineses.                
           Com o tempo, o ópio começou a provocar vários malefícios na população da China, alavancando uma atitude do governo manchu a este produto, que tanto prejudicava seu povo. Em 1839, o imperador chinês mandou executar uma política sistemática de confisco ao ópio contrabandeado no porto de Cantão, assim como, a prisão e expulsão de seus principais mercadores. Através desta reação, a China havia oferecido a Inglaterra tudo o que ela mais precisava para subjugar o território chinês ao seu mando, ou seja, um pretexto para a pequena ilha declarar guerra ao território continental da China. Deste episódio resultou a famosa I Guerra do Ópio.             
           Exibindo uma invencível superioridade bélica, a Inglaterra rapidamente aniquilou o poderio chinês, forçando o imperador manchu à rendição. Conseqüentemente, o governo imperial da China foi constrangido a assinar o Tratado de Nanquim, que colocou fim definitivo no embate, em 1842. Este humilhante tratado obrigou a China a abrir cinco portos, em caráter permanente, sendo estes Xangai, Ningpó, Fu-tcheu, Amói e Cantão; regular as tarifas de comércio; e, ceder a cidade de Hong Kong aos comerciantes ingleses, pelo tempo de 100 anos. Para a Inglaterra, este tratado assumiu o primeiro passo para suas grandes pretensões de transformar a população chinesa em um grande mercado consumidor, no qual milhares produtos industrializados seriam comercializados. No entanto, o mercado existente na China era para o ópio e não para os outros produtos britânicos. Para a China, o Tratado de Nanquim representou a abertura de precedentes para outras nações de caráter imperialista e perda de parte de sua soberania.



Resumos Relacionados


- Imperialismo Do Século Xix

- O Imperialismo Na China - Parte Ii

- Portugal E O Papel De Macau

- Diário Da China

- A Face “tigre” Da China



Passei.com.br | Biografias

FACEBOOK


PUBLICIDADE




encyclopedia