Resumo de A luz mais cara do país para pagar a conta da Globo

Os consumidores de energia elétrica fornecida pela CEMIG pagam as tarifas mais caras do País e pagam também as contas da REDE GLOBO, tudo no delírio presidencial do governador Aécio Neves.

Aécio é uma espécie de sub-produto da velha tradição mineira de pai para filho, com uma diferença fundamental do avô, o ex-presidente Tancredo Neves. Tancredo foi um homem público íntegro no trato do dinheiro público.

Tem Aécio, tem Eduardo Azeredo (filho de Renato Azeredo), tem o filho do secretário de Governo que é deputado, o neto de não sei quem, e vai por aí afora.

O governador de Minas é mágico. Não tem nada dentro, vento absolutamente vento, consegue proezas inacreditáveis, como a de ser reeleito com mais de 70% dos votos e ainda é aclamado em Ouro Preto nas festividades comemorativas do dia de Tiradentes.

É incrível o ser de plástico na totalidade, produto do marketing, da transformação do político em marca de sabão em pó. Só que não lava mais branco. Não tem como limpar a sujeirada do seu governo.

O caso da dívida de 290 milhões de dólares da REDE GLOBO, que teve a falência pedida numa corte judicial do Texas e agregados, paga numa estranha operação da CEMIG é um desafio a ser investigado e uma operação maior que essa besteira de Hurricane. Por que não Furacão mesmo?

O Brasil tem a 5ª maior tarifa de energia elétrica do mundo e as grandes multinacionais, as que constroem barragens, têm lucros de bilhões de dólares com essas obras quando feitas no Brasil, em Minas então, nem se fala. Para o cidadão brasileiro sobram os prejuízos ambientais, sociais e a extorsiva tarifa de energia elétrica.

O aumento da conta de luz, como se fala, nos últimos dez anos foi de mais de 400%. U*m percentual bem acima da inflação do período e do milagre da privatização.

Mas é preciso explicar porque uma das empresas estatais, a CEMIG, voltada para interesses privados, apresenta um lucro de mais de 2 bilhões de reais e cerca de 76% desse lucro ficaram para acionistas particulares.

E por que em Minas Gerais o consumidor paga a mais alta taxa de ICMS sobre a energia residencial, que ao contrário da gerada para empresas e serviços, não gera lucros e nem ganhos? Mais de 42% da conta paga pelo consumidor mineiro é de ICMS. O consumidor carioca paga, por exemplo, a guisa de comparação, 23,46% no mesmo imposto. O aumento de 464% no preço das tarifas de energia elétrica em Minas, é quatro vezes e mais um pouquinho, a inflação do período, falando-se nos últimos dez anos.

E essa conversa fiada de empresa lucrativa, bem gerida, etc, é bobagem. Na Espanha e na maioria dos países europeus as tarifas para consumidores domésticos e empresas e serviços são diferenciadas a favor dos consumidores, a medida que não geram lucros a eles e geram lucros e ganhos às empresas e serviços.

E nesse meio de caminho, 290 milhões de dólares para pagar uma dívida da REDE GLOBO, numa dessas operações de bolsa de valores, que todo mundo, lá de cima, ganha e todos aqui de baixo pagam a conta.

Mídia independente em Minas? Onde? Tudo no bolso do governador do Estado. Os meios de comunicação regados a verbas publicitárias incríveis, lesivas ao cidadão que paga imposto e cria o mito Aécio.

O boneco de vento transformado em gente e em governador de Minas, querendo ser presidente da Roça de Cana.

A operação aqui, para levantar toda a bandalheira do governo Aécio Neves tucano diga-se de passagem, vai ter que ser Tsunâmi. Furacão só é pouco.

No caso da CEMIG um conjunto de entidades sindicais e do movimento social reivindicam e lutam por algo que existe nos chamados países desenvolvidos: isenção de tarifa de energia elétrica para quem consome menos de 100 kw por mês. Criação de uma tarifa social os que consomem até 200 kw. Tarifa única para o consumidor residencial e para o industrial (aqui o que dá lucro tem vantagem) e fim dasperseguições aos movimentos sociais.

Pode-se acrescentar ampla e geral investigação sobre o pagamento da dívida da REDE GLOBO com dinheiro do cidadão mineiro.

Isso tudo antes que o boneco de vento infle em demasia e flutue até o Palácio do Planalto, em Brasília.

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