Mil Novecentos e Oitenta e Quatro
(George Orwell)
É tão brilhante que assusta!!! É mesmo assim, este livro tem tanto de fantástico como de assustador. Imagine que o mundo foi dividido em três. Agora imagine que há três pessoas a governar cada um desses terços. Você está na Oceânia e está em guerra com a Eurásia e sempre esteve, mesmo que saiba que isso é mentira. Tem ecran que lhe mostram propaganda, suposto divertimento, lhe diz o que deve fazer e vigia-o 24h por dia, para sempre!!! Você ama o Grande Irmão, tem de o amar, ele é tudo para si... mesmo que não seja! A ditadura levada ao extremo. Uma ditadura que deixou de se preocupar com os motivos. O poder é tudo, e para perpetuar e aumentar, vale tudo, até matar leais membros do partido ao menor sinal de fraqueza. A ditadura baseada no ódio. Odeiam-se as potências estrangeiras, uma de cada vez pois a outra é aliada, enquanto isso o passado é apagado e reescrito constantemente. Será que neste mundo abjecto que despreza completamente tudo o que é sentimento, poderá haver espaço para uma paixão arrebatante? Será que há esperança de revolta? Este livro é absorvente. Orwell um jornalista Britânico que escreveu algumas das melhores críticas políticas em forma de livro (leia-se "O Triunfo do Porcos"), escreveu este livro no fim da vida, lá pelo início da Guerra Fria, enquanto era minado pela doença. Pode-se considerar que Orwell estava ele próprio angustiado com a doença que o estava a matar, e em simultâneo ainda revoltado com os horrores da Guerra, no entanto lançou-nos um aviso, e à luz dos factos actuais em alguns países, nós não o ouvimos. Este livro inspirou diversos autores posteriores, especialmente argumentistas. Inspirou também fenómenos televisivos, da forma mais cruel: a vigilância constante, a falta de privacidade. Como diriam os cartazes na Londres de Orwell: "O Grande Irmão está a ver-te"
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