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Filme - Cortina rasgada
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Não será, certamente, um dos melhores exemplos da mestria de Hitchcock, mas é, por outro lado, uma prova inequívoca de que mesmo um filme menor com a sua assinatura está longe de ser um falhanço. Talvez o principal problema do filme esteja no facto de já termos visto histórias como esta mais bem contadas anteriormente, pelo próprio realizador. Aqui, a acção decorre em plena Guerra Fria (sim, a Cortina de Ferro rasgou-se), na Alemanha oriental, onde um cientista, Michael Armstrong (Paul Newman) tenta completar as suas pesquisas para a criação de uma arma de defesa contra ataques nucleares. Terá Michael abandonado a sua pátria e virado para o lado "inimigo"? Com ele vai Sarah Sherman (Julie Andrews), a sua noiva e assistente, que pretende a todo o custo descobrir o que realmente se passa com o seu amante. E, de certa forma, é através dos seus olhos que o epectador acompanha a história, sabendo tanto quanto ela sabe sobre a trama.Estamos perante um filme de espionagem típico da época. A Guerra Fria estava no auge e era tema recorrente no cinema da altura, e esta obra em particular alterna entre aspectos mais e menos positivos. Por um lado, penso que o filme se centra demasiado num lado do conflicto, apresentando o lado soviético (se assim o quisermos chamar) de forma bastante bidimensional, como os imprudentes inimigos. Por outro lado, a própria trama recorre frequentemente a soluções demasiado fáceis e algumas cenas que se queriam carregadas de suspense, que Hitchcock tão bem sabia criar, simplesmente não funcionam tão bem, como por exemplo, as cenas finais. Além disso, a própria relação entre a dupla protagonista nem sempre segue o melhor caminho, embora se consigam construir alguns momentos interessantes, nomeadamente nas cenas iniciais, mais intimistas - mais tarde, quando a relação com Michael se torna ambígua, o resultado não é tão interessante. Mas claro que também sobram coisas positivas e o filme está longe de ser um falhanço tão grande como tem vindo a ser dito (é dos filmes menos cotados do realizador, por críticos e fãs). Em termos visuais, creio que tem até dos melhores momentos da sua filmografia, e o melhor exemplo disso será uma cena em que Michael se confronta com um polícia numa casa de campo. Os planos, a montagem e o suspense, bem como toda a acção, estão aqui muitíssimo bem conseguidos - por alguma razão, Hitchcock é tido como um dos maiores mestres da história do cinema. Depois, temos os carismáticos protagonistas e algumas interessantes personagens secundárias, nomeadamente o já referido polícia, que fica na memória e não será apenas por participar numa das cenas mais bem conseguidas do filme. Newman e Andrews encarregam-se de fazer o que podem, com um argumento que talvez precisasse de algumas arestas mais bem limadas. No geral, trata-se de uma obra razoável, mas entre todas aquelas que compõem a filmografia do mestre, será das menos obrigatórias.



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