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A Faca de 2 Gumes
(Sabino; Fernando)

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Enredo_ Síntese:
Cabível será esclarecer aqui que a obra A Faca de Dois Gumes de Sabino é uma trilogia, e como tal entendido, sua leitura deveria ser feita na integralidade, pois ao aluno somente será possível analisar a magnitude da obra face o estudo narrativo que a compõe em todos os contos ; posto o anterior dito faremos sucinta análise dos dois primeiros contos da obra e deteremo-nos mais atentamente ao último, este sim escolhido para as provas vestibulares da Universidade Federal de Viçosa.
O BOM LADRÃO
Este conto possui como principal traço a similaridade com a obra D. Casmurro de Machado de Assis, trata-se de uma revisitação dos personagens Bentinho e Capitu, sendo respectivamente identificáveis nos personagens Dimas e Isabel. Esta é segura de si, e furtadora exímia de objetos; já aquele amedrontado pela forte figura da mulher perde-se em um labirinto de devaneios para esclarecer a desconfianças que tem da esposa. Incluso é o adultério presumido do narrador.
Este acaba até tentando furtar objetos para provar a si mesmo certa superioridade, contudo nada consegue provar a si mesmo, à amada, nem mesmo a nós, leitores.
A insegurança de Dimas aumenta quando Isabel fica a encontrar-se demasia com seu primo, a suspeita aumenta quando descobrimos o furto do livro O primo Basílio, eis aí nova similaridade literária, brincadeira que Fernado Sabino utiliza de modo constante.
Temos uma metalinguagem acontecendo durante todo o conto; em verdade é uma apologia acerca das grandes referências literárias.
Dimas acaba por ser preso e afasta-se gradativamente da esposa, vindo a envelhecer só, tal como o memorialista advogado Bento na obra de D. Casmurro.
A confusa narrativa é o principal aspecto a ser estudado na obra_ a narrativa em 1° pessoa confunde o leitor que está impossibilitado de saber a veracidade daquilo que nos é contado. Nossa prova maior é o fim do conto que encerra a tese por nós demonstrada:
". .O que me leva de volta ao enigma de Capitu. Vamos a ele."

MARTÍNI SECO
Eis aqui um conto ímpar em matéria de releitura por parte de Fernando Sabino dos ditos contos policiais; a confusão e o xadrez formado pela narrativa, embaraçam qualquer possibilidade de conclusão do leitor acerca dos crimes:
Temos uma mulher chamada Maria Miraglia ( segunda esposa de Amadeu Miraglia ) que apresenta-se ao comissário Serpa dizendo-se vítima de um ardil do marido. Reclamava esta da tentativa de Amadeu de aniquilá-la tal como fizera com a outra.
Nosso suposto criminoso Amadeu tenta esclarecer, posteriormente sua inocência perante o delegado Serpa que tenta resolver o caso a todo modo. O álibi do marido novamente é o do suicídio da esposa querendo enlouquecê-lo. O xadrez está formado novamente e, tanto o leitor quanto o delegado estão em cheque-mate.
Ao termo de tal conto acontece um homicídio nos mesmos moldes:
"... Um homem e uma mulher entraram no bar, sentaram-se e pediram martini seco. Enquanto o garçom os servia, ela foi ao telefone, ele foi ao toalete. Quando regressaram, ao tomar a bebida, a mulher caiu fulminada..."
Na delegacia, um amedrontado Amadeu se vale do descuido do comissário Serpa e apanha-lhe a arma ameaçando os demais presentes, inclusos aí a sua própria esposa. Do tiroteio que se segue, tombam mortos todos, exceto Amadeu que desesperado vem a suicidar-se pulando do parapeito.
O telefone toca, toca insistente sem encontrar abrigo na lassidão do espaço morticinado.



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