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A nobel profissão de Zootecnia
(Allan Junior)

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Até o ano de 1948, a
criação dos animais domésticos era feita no mais absoluto empirismo. E a partir
daí, foi criado o Instituto Agronômico de Versailles na França, pelo então
Conde de Gasparin, onde passou este a discernir conceitos entre a técnica
agrícola e criação. Assim a criação dos animais domésticos, desligou-se do
curso de Agricultura e revestiu-se num corpo de doutrinas e passou a ser
chamada de ZOOTECNIA, batizada pelo próprio Gasparin( zoon= animal; technê=
arte).

Para se precisar melhor,
até então, toda a criação de animais domésticos era baseada em informações de
pastores de diversas regiões, sendo realizada num conjunto de regras empíricas.

Em 1849, um jovem
naturalista chamado Emile Baudement, colocou em prática a técnica na criação
dos animais domésticos, aplicou e revestiu a zootecnia neste corpo de
doutrinas, carentes ainda de base científica. Identificou a importância do
animal doméstico, considerado até então, como “inútil, um peso morto ou mesmo
um mal necessário”.

Desta forma Baudement
esclareceu que a fisiologia animal se resumia em quatro grandes funções
básicas: A nutrição, reprodução, sensibilidade e locomoção e que este
funcionamento que caracteriza a vida, era motivo de despesas e receitas que se
deveria balancear para se verificar os custos da produção final, visando a
aumentar os lucros da criação. Assim nascia a idéia da exploração racional e
econômica dos animais domésticos.

Há quase meio século
passado, alguns professores de Zootecnia ligados a Instituições de ensino
superior dos cursos de veterinária e agronomia, sugeriram bravamente a idéia da
criação do curso de zootecnia no Brasil. Em 1966, foi criada a primeira escola
de zootecnia, na Pontifícia Universidade Católica de Uruguaiana, no Rio Grande
do Sul.

Os benefícios que isto
trouxe ao Brasil em tão pouco tempo, é fato público e notório de toda a
sociedade brasileira. Indiscutíveis e indispensáveis os trabalhos praticados
pelos zootécnicos em todo o território nacional. Os centros de estudos atualmente
existentes no Brasil e exterior têm colocado no mercado, especialistas
altamente qualificados, o que tem incrementado a produtividade animal.

O grande problema do
próximo milênio, que o homem enfrentará, será a carência de proteínas em
qualidade e quantidades suficientes, para atender a demanda da população
mundial que cresce a uma taxa superior a da agricultura e pecuária. Este é, com
certeza, o grande desafio dos zootecnistas, pois seus conhecimentos
técnico-científicos, poderão transformar através dos ruminantes, materiais
grosseiros, como os resíduos lignocelulósicos, inúteis na alimentação humana,
em carne, leite, lã, etc., Pois basta dizer, que na América Latina, se produz
aproximadamente 500 milhões de t/ano de resíduos agrícolas e produtos e
subprodutos da agroindústria. O Brasil, produz mais da metade destes resíduos e
isto estimula nossa criatividade. Para corroborar com isto, somamos ao fato de
que se apenas 5% destes subprodutos fossem utilizados corretamente na
alimentação animal, daria para suprir as necessidades protéicas e energéticas
da população mundial.

A zootecnia é ciência
quando investiga através de observação e da experimentação, os fenômenos
biológicos que ocorrem nos animais domésticos, quando explorados pelo homem. E
é arte, quando este utiliza um conjunto de doutrinas e princípios na exploração
animal e orienta sua produção, aumentando a produtividade e auferindo lucro na
criação.

Os zootecnistas devidamente
preparados, passarão a ocupar posição de destaque no contexto mundial e,
provavelmente serão uma das grandes esperanças da sociedade, onde em suas
briosas mentes, com sabedoria, dedicação e esmero, poderão contribuir de
maneira indiscutível,para o bem estar da população mundial.

O forte sentimento de
pobreza do homem, assim como suas necessidades, lhe induz a migrar dentro do
seu próprio país e de um paísa outro. Geralmente as migrações ocorrem do campo
para a cidade. Este é o caso particular do Sertanejo do Nordeste Brasileiro.

Este fenômeno ocorre devido
à fome e a falta de perspectiva de uma vida melhor. Isto é outro grande desafio
da atualidade dos zootécnicos. Profissionais que muito embora não tenham seus
talentos reconhecidos e valorizados como merecem, mesmo assim não sucumbem suas
esperanças por dias melhores.

Zootecnistas, nossos
desafios só terminarão no dia em que o último dos brasileiros afirmar com
veemência, que não mais sente fome. Aí estará concluída nossa Nobel missão de
zootecnista.

Atualmente, o número de
zootecnistas existentes no território brasileiro é de aproximadamente quatro
mil profissionais e estes têm atuado no âmbito nacional a partir dos últimos
trinta anos, de maneira soberba, contribuindo para a economia brasileira, cujo
escopo é o desenvolvimento da pecuária nacional, como função precípua.

O objetivo final dos
zootecnistas é a oferta de produtos de origem animal de qualidade nobre a
pequenos custos, em menor espaço de tempo, contribuindo desta forma para
minimizar a fome e a mortalidade infantil, contribuindo decisivamente na égide
da cidadania brasileira, ratificando o que afirmamos anteriormente: o
zootecnista é uma das esperanças do homem para uma vida melhor, sem fome,
miséria e um futuro cheio de esperanças.

Parabéns zootécnicos pela
passagem do 13 de Maio, dia do Zootecnista. Que esta data em um futuro não
muito distante signifique também a redenção da sociedade como um todo.



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