Comentadores políticos
(Gost)
São cada vez mais os chamados comentadores e/ou colunistas, que escrevem e falam na Rádio e na Televisão sobre os mais variados temas (políticos, económicos, sociais, etc), que escondem sob o titulo de advogados, economistas, professores universitários e até jornalistas, quando na realidade o que são - e sobretudo de onde partem para escrever e falar - são políticos, muitos com responsabilidades partidárias, que defendem posições politicas, legitimas concerteza, mas porque encapadas sob o um qualquer titulo académico ou pseudo especialista. Trata-se de uma forma habilidosa, mas um pouco saloia, de tentar iludir os leitores, ouvintes ou espectadores, com a conivência e a cumplicidade dos titulares desses órgãos de informação ou dos seus responsáveis editoriais. São muitos os exemplos que aqui poderia citar, que são públicos e notórios, mas deixe-me referir-lhe dois, que por serem protagonizados por dois jornalistas têm maior importância, neste contexto ético. Refiro-me a Luís Delgado e a Mário B. Resendes, dois ex-jornalistas e responsáveis pelo Diário de Noticias, hoje ambos administradores executivos da PT Multimédia, proprietária de vários órgãos de informação, que continuam a escrever e a comentar sob a capa de jornalistas escondendo a suas actuais funções. Porventura pretendem passar a imagem de que continuam a ser apenas jornalistas distantes e isentos, especialistas em comentários politico e sociais quando na realidade, de onde se situam é sobretudo da perspectiva politica, dos interesses do seu grupo editorial, das suas relações e dependência com o governo actual e naturalmente da defesa dos seus interesses pessoais. São aliás bem conhecidas as tendência politicas de LD e a ferocidade com que defende o Governo e em particular o Dr. Santana Lopes. Esta situação que também recentemente foi abordada no DN pelo Prof. Costa Pinto, é na minha opinião preocupante, pois não se passa somente nos jornais, mas passa-se também na Televisão, inclusivé na SIC e em particular nas SIC Noticias, onde também ambos são comentadores políticos . Esta promiscuidade não se passa apenas nos órgãos de informação controlados pelo Governo, mas infelizmente também ocorre nos órgãos de comunicação privados. São apenas relações perigosas ou são entendimentos estratégicos com vista a preparar futuros negócios ? Naturalmente que o assunto não se esgota nos dois exemplos acima . Existem muitos mais. Estes são ainda mais relevantes e eticamente condenáveis, por exactamente partirem de dois importantes jornalistas, que, muito pelo conteúdo dos seus comentários, chegaram a administradores da PT Multimédia. A isto chama-se : Vender gato por lebre. O efeito desejado por vezes é perverso, como já muitos notaram. Nelson Henriques PS deveria ser um exemplo a seguir. Assim ninguém se queixaria do contraditório nem da falta de transparência. Cada um assume o seu papel e a defesa das suas convicções, o que é salutar. Parabéns!
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