Focke-Wulf FW 190
(E.R. Hickel)
Caça monoposto FW 190 de 1941. Embora tivesse voado bem antes da Segunda Guerra
Mundial, este pequeno e equilibrado caça era desconhecido pelos Aliados
e causou-lhes uma desagradável surpresa quando o defrontaram, pela primeira
vez, nos céus da França, em princípios de 1941. De fato, ele era tão superior
ao maior e mais lento Spitfire V que, pela primeira vez, a RAF sentiu-se
não só inferiorizada numericamente, mas derrotada tecnicamente. Em junho
de 1942, um Fw 190A-3 pousou, por engano, na Inglaterra, e descobriu-se
que o Focke-Wulf era bem melhor do que o imaginado. Ele era mais veloz que
qualquer caça aliado em operação, possuía maior quantidade de armamento
pesado (na época, o padrão era de duas metralhadoras MG 17, de 7,92 mm,
sobre o motor, dois dos até então desconhecidos canhões Mauser e duas metralhadoras
MG FF, de 20 mm, externas), era imensamente forte, possuía um bom poder
de manobra e proporcionava excelente visão ao piloto. Era, também, um alvo
extremamente pequeno, muito mais leve que qualquer caça aliado e tinha um
trem de pouso largo e estável (ao contrário do Bf 109). Na sua totalidade,
esse aparelho provocou, nos pilotos e construtores aliados, um complexo
de inferioridade. Embora nunca tenha suplantado o Me 109, foi subseqüentemente
fabricado em uma profusão de várias versões por diferentes fábricas. A série
A incluiu muitas versões de caça e caça-bombardeiro, algumas tendo não
só aumentado seu armamento pesado interno, mas tendo também dois ou quatro
canhões de 20 mm ou dois de 30 mm, instalados na carenagem inferior das
asas. A maioria possuía um sistema de impulso de força, de emergência, usando
injeções de MW 50(metanol/água), GM-1 (óxido nitroso) ou ambos. Alguns transportavam
torpedos, outros eram biposto e uns poucos possuíam piloto automático para
interceptações sob más condições atmosféricas e noturnas. A série F era
formada por aparelhos de ataque e apoio tático, alguns equipados com foguetes
R4M Panzerblitz, para destruir tanques (também letais para os bombardeiros
pesados). Existiam mais de 40 outros armamentos especiais e algumas versões
possuíam bordas de ataque de asa encouraçadas para colidir contra os bombardeiros
aliados. A G foi outra série importante de caças-bombardeiros de mergulho,
de múltiplas aplicações, mas, em 1943, o principal esforço foi aplicado
na construção do assim chamado pela RAF de "190 nariz-comprido", o 190 D.
Este aparelho teve sua construção iniciada no outono de 1944, após diversos
aperfeiçoamentos, como o Fw 190D-9 ("Dora 9"). Este aparelho foi, por sua
vez, o mais veloz caça nos céus e os últimos modelos D foram também chamados
Ta 152, em homenagem ao diretor da equipe de projetistas da Focke-Wulf,
Dipl-Ing Kurt Tank. Os primeiros 152 C foram destacadamente sensacionais,
porém, o H, de grande envergadura, sacrificou armamentos em favor da velocidade
e da altitude. Pilotado pelo próprio Tank, superou com facilidade, em vôos
de teste, os Mustang P-51 D, o que surpreendeu o próprio piloto; porém,
somente 10 dos subtipos H haviam voado quando a guerra terminou. Um total
de 20.051 FW 190 haviam sido entregues, mais um pequeno número de Ta 152
(67, excluídos os aparelhos para testes). É curioso que o Bf 109, um aparelho
mais antigo e menos atraente, com várias deficiências, tenha sido fabricado
em maior quantidade e pilotado por quase todos os ases da Luftwaffe. Em
1945 o Fw 190A-5 teve sua produção iniciada numa fábrica, dirigida pela
SNCASO. No final de 1946, 64 unidades haviam sido entregues. O
modelo FW 190A-8 tinha um motor BMW 801
com 2.100HP de potência. A envergadura era de 10,50m e o comprimentode 8,84m.
Suportava peso máximo de decolagem de 4.940Kg; atingia a velocidade
máxima de 665Km/h, com alcance de 1.500Km e teto de 10.200m. A aeronave estava armada com
duas metralhadoras de 13mm (calibre .50) mais quatro canhões de 20mm.
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