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NEGAÇÃO DO HOLOCAUSTO: na Europa um delito passível de punição
(Mário Vargas Llosa;)

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A negação do Holocausto - isto é, a negação da matança de 6 milhões de judeus perpetrada pela Alemanha de Hitler nos campos de extermínio criados nos anos 30 e 40 na própria Alemanha e nos países da Europa Central ocupados por nazistas - foi declarada pelo Parlamento Europeu como um delito passível de punição. Mario Garcia Llosa, em seu artigo - Em Defesa do Direito de Mentir - diz não ter nenhuma dúvida sobre o holocausto, pois além de ter lido muito sobre a horrenda carnificina cometida pelos nazistas contra o povo judeu, visitou alguns dos lugares onde aconteceram essas matanças como Auschwitz e Buchenwald e o museu Yad Vashem, em Jerusalém, onde há provas concretas de um dos mais vergonhosos crimes contra a humanidade. Entretanto, o escritor acredita ser um risco grande para a liberdade intelectual e para a liberdade política a decisão do Parlamento Europeu castigando como delinqüente quem se atrever a duvidar do Holocausto. As verdades oficiais são um traço característico das sociedades autoritárias e nas mãos dos políticos a história deixa de ser uma disciplina acadêmica e se transforma num instrumento de luta política. Uma sociedade democrática, que acredita na liberdade, não deve impor limites às idéias, nem mesmo às mais absurdas, devendo mesmo autorizar que os historiadores se enganem ou tropecem. As possíveis conseqüências criminais da negação do Holocausto devem ser decididas pelos tribunais, caso a caso, de maneira correta. Llosa diz que provavelmente houve boa intenção dos parlamentares europeus ao fazer tal declaração, pois, com isso, tentam resistir de algum modo ao renascimento do anti-semitismo, que começa a mostrar-se novamente na Europa, onde já era considerado quase extinto, mas, afirma ser uma ingenuidade acreditar que pela declaração de ilegalidade, possa se combater com eficácia o preconceito, a estupidez ou qualquer outra manifestação intelectual da irracionalidade e da crueldade humana. Nas democracias, as idéias falsas geralmente são derrotadas e eliminadas graças à liberdade de crítica e ao debate intelectual, e a verdade científica vai assim abrindo caminho entre confusões e equívocos.Conclui o escritor que há de se combater o anti-semitismo e todas as expressões do racismo e da xenofobia com toda a severidade da lei, levando aos tribunais e às prisões quem traduz essas perversões ideológicas em atos concretos, mas deve-se deixar aos historiadores a tarefa de diferenciar as verdades e mentiras históricas.



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