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O fim da arte
(Fereira Gullar)

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A incapacidade da crítica em identificar imediatamente o valor do impressionismo gerou, segundo Gullar, um complexo de culpa e intimidação que os fez pensar mais vezes antes de falar das vanguardas. É uma visão alegórica das referências usadas por críticos e artistas no mundo inteiro já nos anos 60. As dúvidas são, na citação, como um campo de “suicídio cultural”. Onde o critico poderia ser taxado de retrógrado, etc.
Gullar vê neste fenômeno o resultado da destruição de uma linguagem “formal” para as artes plásticas. Do modo de representação e a submissão do artista, a partir mesmo desta época, ao mercado de arte. A obra de arte se torna uma mercadoria, como outra qualquer para um mercado de consumo.
Qualquer objeto, artístico ou não, pode ser tomado como objeto de contemplação e, portanto, ter valor estético. Quem irá “valorar” determinado objeto ou obra como “arte” é o grupo social ao qual está ele inserido. Ao qual este se refere.
Gullar faz um paralelo entre um designer e o artista. A relação de objeto apenas para a contemplação, em um e, no outro, a necessidade de implementar no objeto uma série de regras e condições para que este se encaixe como “produto” para o consumo e para um tipo específico de consumidor.

As tendências mais radicais consideram que a arte repele os juízos e quaisquer função na sociedade, descartando também a idéia de bens culturais. A arte é o conceito de arte.

Com o progresso da tecnologia, da ciência, etc., “o caráter artesanal das artes plásticas passa a ser um anacronismo”. Se tudose reduz ao econômico, como a arte não poderia criar e valorar-se por um mercado ?

Gullar lembra a obra “o urinol “de Duchamp. O read-made, não só com o artista construindo o objeto estético mas apenas encontrando-o .O processo está, também, na identificação da forma e na mudança de significado que esta passa a tomar. Tirando-a de seu espaço formal, toma outro valor. Então, novamente, a arte e o objeto de arte são entendidos como resultado de um processo de construção (ou des-construção) da cultura.
Gullar coloca Picasso, Braque, etc. como produtores de obras de valor. Prefere a construção “moderna” em que o artista trabalha, trabalha. Praticamente o processo é um prolongamento de seu braço. Do exercício da forma. Estes artistas constroem sua linguagem e , a partir daí, seus símbolos, signos e tudo mais em cada obra. Construíram uma linguagem e o público, já ciente desta, tem elementos para identificar suas obras. “A sabedoria técnica” é importante . E através desta o artista materializa “sua fantasia”.

Ao artista o que interessa é a qualidade e não a quantidade. Não está inserido num, por exemplo, mercado de manufaturados. “Ele não compete com a indústria. Cada obra é uma expressão diferente. Uma análise do mundo, materializada no objeto. Gullar salienta – já falando da linguagem da instalação e outras vanguardas - que o processo de realização de uma obra deve ser “cumulativo e aprofundador”, e não baseado na junção de objetos – aparentemente – desconexos. Coloca que não há um aprofundamento da proposta de construção de uma linguagem entre artista e público.

As condições criadas pela sociedade de massas dificultam o processo de criação do artista. Sua materialização. A arte de uma sociedade, de uma “cultura” é produto dela. Gullar sugere um rompimento formal com os métodos e a tentativa de construção de linguagens novas e, mesmo, visões diversas, para talvez criar uma pré-condição para uma “feliz” ruptura com o tradicionalismo assimilado. Como o fez Cézanne, e também Picasso e Van Gogh.



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