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Filme - Blue Velvet
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Os fãs do realizador já sabem com o que contar nesta obra obrigatória, e para aqueles que o desconhecem, este é talvez o melhor filme para nos iniciarmos no universo Lynchiano, uma vez que carrega todas as marcas do autor e suporta-se num argumento bastante fácil de compreender, comparativamente a filmes como Lost Highway ou Mulholland Drive. Basicamente, trata-se de um policial, um mistério que Jeffrey Beaumont (Kyle MacLachlan) tenta desvendar. Quando regressa a casa para visitar o seu pai, vítima de um enfarte, Jeffrey encontra-se envolvido num mistério que envolve um rapto, uma estranha cantora (Isabella Rossellini) e um homem que inala gases estranhos antes de entrar em rasgos de violência e loucura (Dennis Hopper). Além destes, temos a bela Sandy (Laura Dern), filha do chefe da polícia que ajuda Jeffrey a resolver o caso, traficantes de droga que cantam "In Dreams" em playback e uma misteriosa orelha...Tal como Jeffrey, o espectador é levado para dentro desta trama e vai aos poucos descobrindo o que realmente se passa. A certa altura somos até transformados voyeurs numa situação limite, onde por dentro de um armário assistimos a uma cena tão violenta quanto surreal, da qual não conseguimos afastar os olhos. É o conceito de Cinema levado ao limite, tornando o espectador parte integrante da narrativa, resultando daí um efeito mais forte em quem assiste. Aquando da sua estreia, as opiniões dividiram-se por completo, havendo quem adorasse o filme e quem o detestasse, sendo que as opiniões negativas reportavam precisamente o extremismo do seu realizador. Mas a verdade é que esta história não poderia nunca ser contada de outra forma; e a prova de que funciona é precisamente haver quem se sinta incomodado com aquilo que vê. Se tal não acontecesse, então o filme falharia redondamente. Neste ensaio sobre o horror, sobre a obsessão e o medo, David Lynch consegue não só criar um filme intrigante como o faz da melhor maneira, tornando-o numa obra-prima a que o tempo tem vindo a fazer justiça. Todo o seu talento na composição do imaginário sombrio do filme é absolutamente essêncial - mais ninguém poderia ter feito Blue Velvet. A fotografia brilhante de Frederick Elmes e a banda-sonora de Angelo Badalamenti complementam de forma perfeita o trabalho de Lynch, e os actores cumprem ne perfeição, mas... Não poderia deixar de mencionar separadamente o trabalho de composição de Dennis Hopper, absolutamente brutal, aterrorizante e hipnotizante, numa autêntica encarnação do mal que não só se torna o rei de todas as cenas em que aparece como é, em minha opinião, uma das melhores interpretações de sempre.



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