Ópera: G. Verdi - Don Carlos
(Site Rádio Antena2)
SINOPSE: “Don Carlos”, de Giuseppe Verdi (Roncole, 1813 – Milão, 1901). Libreto de Méry e DuLocle sobre poema de Schiller. Estreia na Ópera de Paris, a 11 de Março de 1867. Versão italiana revista por DuLocle, tradução de Lauzières e Zanardini, estreia em Milão: Teatro alla Scala, em 1884.
Personagens: Don Carlos / Tebaldo / Elisabetta de Valois / Conde de Lerma / Um Frade / Rodrigo, Marquês de Posa / Princesa d’Eboli / Filipe II / Um Arauto / Voz Celestial / O Grande Inquisidor.
PRIMEIRO ACTO: Filipe II de Espanha sela um pacto com Henrique II, Rei de França: o Infante Don Carlos, filho de Filipe, casar-se-á com Elisabetta, filha de Henrique. A ópera inicia-se quando os jovens se encontram pela primeira vez na floresta de Fontainebleau. Don Carlos e Elisabetta apaixonam-se à primeira vista. Quando tudo parece estar a correr bem, chega o Embaixador Espanhol com uma notícia terrível: afinal Elisabetta não deverá casar com Don Carlos mas sim com Filipe, seu pai.
SEGUNDO ACTO: Claustro do Mosteiro de São Justo: onde Carlos V, avô de Don Carlos, passou os últimos dias, e onde agora o neto lamenta a sua sorte. Aparece Rodrigo, Marquês de Posa, um seu amigo acabado de regressar da Flandres onde assistira à repressão da Inquisição sobre os protestantes flamengos. Don Carlos confessa ao amigo o seu amaldiçoado amor por Elisabetta, mulher do seu pai. O Marquês diz compreender a tragédia de Don Carlos, para a qual não vê solução, a não ser tentar sublimá-la entregando a vida a uma causa justa. Convida-o a partir com ele para a Flandres para combater pela Liberdade ao lado dos oprimidos.
2º Quadro: junto aos muros do Convento: chega a Rainha seguida por Rodrigo, que lhe pede para se encontrar com o amigo. Elisabetta aceita, e recebe Don Carlos com afecto e delicadeza, mas mostra-se determinada a não ceder ao amor de ambos, dizendo que agora ela é mulher do seu pai, o Rei. No auge do desespero, Don Carlos desfalece. Elisabetta procura ajudá-lo, e ele abraça-a, delirante. Nesse preciso instante chega o Rei. Ao encontrar a esposa sozinha, enraivece-se contra a sua Dama de Companhia, a quem condena ao exílio. Então o Rei fica sozinho com o Marquês, que o acusa de crueldade pela forma como tem tratado os rebeldes na Flandres. Filipe fica impressionado pela forma com que Rodrigo se lhe dirige, mas adverte-o para ter cuidado com o Inquisidor.
TERCEIRO ACTO: Jardins da Rainha em Madrid, onde chega Don Carlos atraído por uma carta que julga ser de Elisabetta, mas que fora escrita por uma sua Dama, a Princesa d’Eboli, por ele apaixonada. Numa conversa com o Marquês de Posa, a Princesa julgara entender que Don Carlos também a amava. Agora o equívoco desfaz-se e a Princesa d’Eboli enfurece-se ao compreender que Don Carlos ama a Rainha, prometendo vingar-se dele e do Marquês. Rodrigo chega e compreende o perigo. Pede a Don Carlos que lhe entregue todos os documentos que o possam condenar como traidor. À Praça de Nossa Senhora de Atocha, onde decorre a cerimónia de coroação de Filipe II, celebrada com mais um Auto de Fé, chega um grupo de Deputados Flamengos, acompanhados pelo Infante, que imploram misericórdia para os condenados. A resposta do Monarca é uma ordem de prisão. Então Don Carlos desembainha a espada contra Filipe, mas Rodrigo aconselha-o a entregar-se.
QUARTO ACTO: Aposentos do Rei em Madrid. Filipe pensa na sua vida sem amor, e no seu filho, Don Carlos. Surge o Grande Inquisidor a quem o Rei pergunta se um Cristão pode condenar à morte o próprio filho, ao que o Grande Inquisidor responde que Deus também entregou à morte o seu. Mas ele pretende que Filipe lhe entregue também o Marquês de Posa para interrogações – o que o Rei lhe concede. O Inquisidor sai e chega Elisabetta. O Rei afirma ter encontrado no seu cofre de jóias o retrato de Don Carlos, e acusa a mulher de adultério. Elisabetta desmaia. Aos gritos do Rei acodem a Princesa d’Eboli e Rodrigo. Quando fica só com a Rainha, a Princesa confessa ter sido ela a denunciá-la, pois ama Don Carlos... Elisabetta dispõem-se a perdoar-lhe, mas a Princesa revela-lhe mais: ela fora amante do Rei. A Rainha afirma que lhe restam dois caminhos: exílio ou convento. A Princesa escolhe o convento, mas promete fazer tudo para salvar Don Carlos. Na prisão onde está o Infante: Rodrigo visita-o e diz-lhe que encontraram os documentos comprometedores e que foi condenado. Mas Don Carlos pode partir. Livre poderá continuar a luta pela libertação da Flandres. Ouve-se um disparo e o Marquês cai ferido. Antes de morrer, diz a Don Carlos que Elisabetta estará à sua espera no Mosteiro de São Justo no dia seguinte. Filipe chega para devolver a liberdade ao filho, mas Don Carlos acusa o pai da morte do amigo.
QUINTO ACTO: Claustros do Mosteiro: Elisabetta está junto ao túmulo de Carlos V. Recorda o tempo feliz passado em Fontainebleau, mas é interrompida por Don Carlos que vem despedir-se, pois vai partir para a Flandres e juntar-se aos revoltosos – só voltarão a encontrar-se no outro Mundo. Chega o Rei acompanhado pelo Grande Inquisidor e pelos Oficiais da Inquisição. Vêm prender Don Carlos. Mas o Infante é salvo por uma intervenção sobrenatural: o túmulo de Carlos V abre-se e o Imperador morto leva Don Carlos consigo.
Resumos Relacionados
- Bangue
- Bangue
- Os Maias
- Maias
- Os Maias
|
|