Tiros em Columbine: Tanto lá como cá, correm atrás de sangue
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O documentário “Tiros em Columbine” é muito rico, principalmente para nós, que fazemos jornalismo. A forma com que Michael Moore consegue persuadir as pessoas para darem depoimentos é bastante engenhosa, de uma perspicácia fora do comum. Além disso, deu para perceber claramente que a imprensa norte-americana influenciou muito o jornalismo tupininquim. O bizarro, o violento tem sempre a preferência e, tem que ser muito violento, pois irá chamar mais a atenção do espectador. Quando ele relata que os jornalistas não vão atrás da origem do problema e somente do fato, escancara a realidade do jornalismo em todas as partes do mundo. Fazendo um paralelo: na palestra de Ernesto Rodrigues, ele citou, por exemplo, que simplesmente, desprezou a morte de Madre Tereza de Calcutá, por causa do violento acidente que ceifou a vida da princesa Diana. Mais uma vez, o bizarro, o mais violento é a atração e na Globo, por incrível que pareça, virou manchete; deixando a Madre, um personagem tão, ou até, mais importante que Lady Di, como uma “notinha de rodapé”. É por essas e outras que quando falamos de ética no jornalismo, tudo se torna relativo. A forma de abordagem das matérias está sempre ligada, diretamente, ao IBOPE. Se o público está assistindo, se as TVs estão ligadas em determinado canal, se estão comprando jornais e revistas, deixa rolar, tudo ou, quase tudo. Podemos e devemos pensar no jornalismo que queremos e que vamos entregar para nossos sucessores. Se pudermos mudar muita coisa, temos que mudar; se não forem tão grandes assim as mudanças, devemos pelo menos tentar fazer a nossa parte. Será isso uma utopia?
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