BUSCA

Links Patrocinados



Buscar por Título
   A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z


ENTRE TANTOS E OUTROS
(RAIMUNDO TRAJANO NETO)

Publicidade
ENTRE TANTOS E OUTROS No primeiro e segundo séculos da Era Cristã viveu em Roma um homem de guerra e paz: Trajano. Soldado bravo e político hábil, deixou e é referência na História. Dezoito séculos depois, um outro Trajano reenceta -- também como homem de muitas batalhas – mais uma grande luta: a luta com palavras. Raimundo Trajano Neto -- que, como seu homônimo romano, é também homem da política -- expõe-se pela segunda vez em forma e fôrma gráfica. Lança Entre Tantos e Outros, cujo título é um achado, e relança diversos temas e alguns poemas. O livro marca sua estréia em prosa literária, que encontrará, com certeza, mais ressonância que a prosa de parlamentar, que Trajano desfiava muitas das vezes para ouvidos moucos de seus ex-colegas vereadores e os ouvidos poucos de membros da comunidade (que não fez boa opção não o reelegendo). A poesia despretensiosa de Raimundo Trajano arrisca na denúncia de violências e desigualdades e deita-se várias vezes com uma e outra amada (pois, se o ser humano pode – e deve -- ser fiel, ao poeta é-lhe facultado o cometimento de desatinos gostosos, como o de amar muito muitas). A poesia despretensiosa de Raimundo Trajano mostra-se não tão despretensiosa assim, quando esculpe e cinzela sonetos bem acabados, que cantam pássaros e Deus enquanto Deus e arquiteto, e quando arrisca-se novamente e metapoeticamente a definir o que é o poeta. Trajano canta Imperatriz e deplora/denuncia a situação de seu rio Tocantins, “personagem histórico em decadência”. O Raimundo Trajano Neto sabe que, na bifronte moeda literária, um lado é verso e, o outro, seu reverso, a prosa. É aí que, em oito textos (um tanto histórias, outros estórias e aqueloutros crônicas), o irmão Trajano manda ver, carregado de sensibilidade e também bom humor. Ele transcreve, para a linearidade do texto prosaico, um de seus mais marcantes poema, que trata da morte do palhaço Fofoquinha, publicado em seu livro de estréia, Translúcidos, de 1999. Mais que autor do poema e, agora, do texto em prosa, Raimundo Trajano foi testemunha ocular da história. Diversos temas e personagens da prosa são... prosaicos. O barbeiro Raimundo, eleitores portadores de títulos e porrete, o futebol, o lavrador que, “Cuma criente” mostra verdadeiramente que o cliente é o patrão e repõe um funcionário no lugar: “-- Num tem discurpa. Ixijo respeito. O empregado aqui é o sinhô. Cuma criente, eu sô o patrão. Tá pensando o quê, seu ingomadim?” Ô criente consciente e exigente da gota, sô! Arriégua, seu bichim! O mundo precisa de mais gente assim. Trajano disse que “inseriu”, reeditou alguns poemas para “quebrar o ritmo da prosa”. Não quebra; ao contrário, une. Une as faces e as diversidades na unidade homem, na unidade livro, na unidade literatura. O ritmo não é o do gênero -- é o do autor. E Trajano tem seu ritmo. O autor define sua obra como “singela” e acredita tê-la tornado “mais eclética” e “mais humana”. Está certo, Trajano. A obra é você. E ser singelo e tornar-se “mais” humano não é fácil. Tarefa para vencedores de muitas batalhas. De mente grega ou troiana. Trajana/mente. Edmilson Sanches ([email protected])



Resumos Relacionados


- As Cartas De Pliny

- Memórias De Adriano

- Memórias De Adriano

- Diferença Entre Poesia E Prosa

- O Que é Prosa Poética?



Passei.com.br | Biografias

FACEBOOK


PUBLICIDADE




encyclopedia