Resumo de O Estado de Sao Paolo -

Bolívia terá que pagar refinarias com dinheiro, sustenta Petrobrás – 12/05/2007
Bolivianos farão festa hoje para comemorar a retomada das unidades - 12/05/2007
A Bolívia terá que pagar pelas refinarias em dinheiro, comentou uma fonte que participou das negociações, negando a informação fornecida por Silas Rondeau, que a empresa poderia ser paga com gás.
Conforme informação da Petrobrás, as refinarias teriam custado menos dos US$104 milhões acertados, pois havia um provisionamento de US$ 7,5 milhões para quitação do passivo ambiental, que continuaram nos cofres da empresa, pois o processo não foi concluído, assim o valor efetivo foi de US$ 96,5 milhões.
Técnicos da empresa contestam afirmações que correm no mercado, onde houve perda financeira para a estatal brasileira. As justificativas são de que em 7 anos foram retirados US$ 128 milhões em dividendos e investidos na planta das empresas US$ 20 milhões.
Ontem iniciou-se as negociações para efetivação da entrega das empresas para a Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB). A estimativa brasileira espera que em 15 dias tudo esteja concretizado.
A YPFB deverá enfrentar dificuldades em 1 de Junho, com a renovação do seguro das refinarias. A Seguradora já avisou que aumentará o valor do seguro das refinarias, por considerar o governo Evo Morales como um risco maior que a empresa brasileira.
A data de hoje foi proclamada como o dia do Regozijo, e será festejada pelos bolivianos pela retomada das refinarias. O presidente Evo Morales visitará as refinarias.
O ministro dos Hidrocarbonetos, Carlos Villegas, informou que os advogados do governo boliviano estão redigindo o contrato em conjunto com os advogados da Petrobrás e que pelas conversações eles tem um mês para o contrato final. Esta demora se deve ao fato do governo boliviano desejar rever com mais atenção o que foi acordado, pois no dizer do ministro Villegas;”é nos detalhes que mora o diabo”.
Na assinatura do contrato o governo boliviano se compromete em quitar 50% do valor acordado de US$ 112 milhões, que será pago com o imposto cobrado da própria Petrobrás, da Repsol-YPF e pela TotalFinalElf, pelo decreto dos hidrocarbonetos. Este imposto já produziu uma arrecadação de US$ 250 milhões e se espera que até o final do ano atinja a cifra de US$ 336 milhões.
Pelas afirmações de Villegas o dinheiro pago pelas refinarias, serão repostos pela venda de gasolina e petróleo nas duas refinarias, estimado em US$ 70 milhões anuais.

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