Infância
(Graciliano Ramos)
Livro de Graciliano Ramos publicado em 1945, aonde ele narra a história de sua infância que vai desde os seus 2 anos de idade até a puberdade. Seu pai tinha uma fazenda que foi obrigado a abandonar, pois a seca matou todo o gado, e tiveram que ir embora para a vila onde abriu um pequeno comércio. Não podemos falar de uma infância feliz, ou tranquila, filho de pai muito rude e exigente, e mãe desprovida de cultura e afeto. São lembranças dolorosas tais como a escuridão de sua doença, o interior de sua casa, o sofrimento da alfabetização. Tais elementos ajudaram a criar uma criança insegura e medrosa, pois não só os pais não conseguiam ver qualidade alguma nele, como também seus educadores só notavam uma criança feia, tímida e insignificante. A repressão doméstica era grande, e os problemas não deixavam de se suceder como a sua dificuldade nos estudos, o caso do cinturão desaparecido, mas nem assim Graciliano deixava de crescer e ver o mundo ao seu redor à sua maneira com muita sensibilidade. Nem com a doença que teve nos olhos que o torturou durante tanto tempo, entre períodos de escuridão e claridade, ele conseguiu encontrar algum tipo de compreensão ou demonstração de afeto. Leitura muito ácida, onde predominam o monólogo e as palavras pesadas, que nos levam a indagar como que uma criança tão infeliz desabrochou em tão grande escritor.
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