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EDUCAÇÃO no BRASIL
(Comentário)

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Comentário sobre o artigo de Cláudio de Moura Castro (VEJA 10/jan/2007) Seus artigos merecem ser analisados (e assimilados) em todo reduto educacional do país! Pena que nossas "otoridades" não os leiam, ou, certamente, se os lêem, não os entendam... Tenho 63 anos, professora pública aposentada, mestra pela USP (1972!). Fui tutora de um projeto da OEI/SE sobre ”compreensão leitora". Pude comprovar o nível apresentado por nossos professores! Os educadores de nossas crianças! Culpa deles? Nem tanto, pois tiveram formação em instituições, das melhores às piores , com deficiências de conceitos (como as que vc alertou) alarmantes. Os mais conscientes e esforçados sempre procuravam esclarecimentos e reclama- vam de sua formação. Em minha modesta opinião, está havendo o seguinte "fenômeno": com o estruturalismo russo (Jakobson & Cia), estudávamos a língua em "partes" sem alienação do "todo".A compreensão ia sendo construída racional- mente, de maneira lógica e não aleatória. A " liberdade"interpretativa não abusava dos limites do texto. Tudo seguia uma linha de raciocínio lógico, comprovado. Hoje a "moda" é a “desconstrução": esquartejar o defunto , seguindo sua metáfora, o mais que puder, nominando os restos com uma parafernália de neologismos ou reaproveitamento de definições, que já não são mais aquelas clássicas – são reinterpretadas! (Fico boba em saber que quase “não sei” mais o que é Sujeito e Predicado!!! Pensando que soubesse desde criancinha!) Interpretar texto literário então! É um tal de "actantes"e suas diferentes “funções","reconstrução"- que ousadia!-, "relações interdiscursivas"...).Desmontam o texto a não poder mais , vêem o amontoado e não ENTENDEM MAIS NADA! É isso que acontece. Não sabem depois nem mesmo "montá-lo" novamente! É como criança des- montando relógio! Esta, pelo menos, tem a curiosidade como motivo. Hoje em dia é um ato de perversi- dade com nossa clássica língua portuguesa. Tão bela, clara, racional, lógica, já tão bem sistematizada por grandes estudiosos , que nos passaram com clareza toda sua riqueza e estrutura. Hoje em dia tais estudos soam como “ultrapassados". É evidente haver necessidade de atualização, pois a língua evolui. Mas, pra- ticamente tudo já estava "dissecado", à la Descartes, mas uma mudança radical seria a "inovação"! Como na moda. (Aliás vivemos a época da “desconstrução MUNDIAL”! É na política, na culinária, na moda em geral... E os cabelos então? Quanto mais desalinhados e repicados, mais "in"!) Mas "moda é moda". "A língua é minha pátria". É um bem que teremos de passar de geração a geração. Não se deve brincar. É nosso patrimônio cultural. Para mim, além dessa "filosofia mundial de desconstrução – a Babel de hoje- há um complô, muito bem montado por sinal, da "indústria de títulos": nunca se viu tanto mestre e doutor! ( E PÓS- PÓS- então?!) Há necessidade de "novas teorias", "novas terminologias", "novas complicações" a serem apre- sentadas nas famosas "defesas de tese". E o círculo vicioso se completa: professores universitários embe- vecidos com inovações tolas ( "quanto mais complicados, mais inteligentes, eruditos"!) que fingem ensi- nar (só complicam!); alunos – futuros professores- fingindo que aprendem, posteriormente "ensinando" o que " sabem", ou melhor, não sabem! E as pobres criancinhas que sejam "torturadas". Em tempos idos eram palmatórias.Hoje são textos! Quanto mais literários, maior a tortura! (Certa professora ligou-me apa- vorada por não ter conseguido "ler por trás do texto!!! Uau! Quem ficou mais apavorada fui eu. Cruzes! Será que eu não tinha notado o avesso também?!). Desmontar texto é uma baita trabalheira! E ainda tem que nominar até as vísceras! Pobres de nossos alunos e professores! É o que lhes estão exigindo para o momento: morrerem sufocados pela própria língua! Encerrando, enquanto durou o curso, tentei passar minhas idéias de que não "há monstro em Lock Ness, nem no Amazonas". Tudo é muito, muito mais simples, cristalino. Nada de complexidade onde não existe. Clássico é clássico porque não complica. Tudo está em harmonia. Só que estamos vivendo um rococó-barroco conceptista moderno! Imaginemos o sermão que Vieira nos faria!!! Tanta comunicação para tanta "descomunicação"! Obrigada pelo bálsamo de seus artigos! Precisamos de pessoas como você para nortear nossa Educação. Só assim poderemos sair do lodaçal em que estamos. Elza Ferreira de Mello Tito (Mestra em Filologia Portuguesa e Estilística pela USP)Escreva o seu resumo aqui.



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