Resumo de Dê o devido valor - João Wesley Domingues

Dê o devido valor João Wesley Domingues Quando queremos vender algum bem, por qualquer que seja o motivo, nós estabelecemos o seu preço. Fazemos à avaliação de acordo com o que pagamos por ele e também levamos em consideração a depreciação pelo tempo de uso. Geralmente ficamos indignados quando estabelecemos o valor e chega alguém e oferece menos da metade do que pedimos. Achamos um absurdo quando alguém deprecia aquilo que adquirimos com dificuldade, mesmo que o valor monetário seja pequeno. Creio que Deus também se entristece quando não damos a nós mesmos o valor que Ele nos dá. Muitos profissionais dizem que sabem e não fazem, outros não dizem nada, apenas fazem e valorizam-se pelo que sabem. Valorizar é dar valor, importância a algo, alguém ou a si próprio. É reconhecer-lhe o valor de que é dotado. Deus deu tanta importância ao seu nascimento, que providenciou todos os recursos necessários para que você estivesse vivo até agora. Se dentro do seu peito bate um coração, significa dizer que você faz parte dos sonhos de Deus que o valoriza como ninguém. Você faz algum esforço para seu coração continuar batendo? Claro que não! Cada batida do nosso coração representa o pulsar da vida de Deus em nós É comum, nos pegarmos admirando o que é dos outros, ou o que está em outras pessoas e nos esquecemos de valorizarmos aquilo que somos, e possuímos. Conta-se, que, um pequeno comerciante amigo do poeta Olavo Bilac, abordou-o na rua: - Sr. Bilac, estou precisando vender o meu sítio, que o senhor tão bem conhece. Será que o senhor poderia redigir o anúncio para o jornal? Olavo Bilac apanhou o papel e escreveu: "Vende-se encantadora propriedade, onde cantam os pássaros ao amanhecer no extenso arvoredo, cortada por cristalinas e marejantes águas de um ribeirão. A casa banhada pelo sol nascente, oferece a sombra tranqüila das tardes, na varanda". Meses depois, topa o poeta com o homem e pergunta-lhe se havia vendido o sítio. -Nem pense mais nisso, disse o homem.- Quando li o anúncio é que percebi a maravilha que tinha! Temos a tendência de somente dar importância quando perdemos. Enquanto temos, não damos o valor devido, quando perdemos, sofremos de saudade. Ouvi um homem que perdeu sua esposa dizer: “Se eu pudesse voltar atrás, faria tudo diferente. Iria tratá-la como uma princesa”. Quantas pessoas não valorizam seus cônjuges, igreja, amigos, filhos e no lugar deles colocam objetos ou simplesmente coisas. Lembro-me de um vizinho, que trabalhava mais de oito horas por dia de segunda a sábado e no domingo passava o dia inteiro lavando o carro. Nunca vi um carro tão lindo e brilhoso, e uma esposa e filhos tão esquecidos. Creio que ele não sabia que as pessoas valem mais que as coisas. O brilho que a cera produzia na lataria, não podia comparar ao brilho dos olhos de uma criança querendo a atenção do pai. Admiramos com facilidade os grandes empresários nas colunas sociais, desejamos ser iguais a eles, admiramos o emprego, a mulher, o carro, a casa de outras pessoas e esquecemos de apreciar o que Deus já nos deu e o que somos hoje. Não podemos nem amar outras pessoas se não amamos a nós mesmos. Todos nós gostamos de ser tratados como um ser único e especial que somos, mas, muitas vezes não é assim que nós nos tratamos. No mundo corporativo, em função da concorrência acirrada, muitos têm que desvalorizar seu produto, vender mais barato porque existe uma certa marca ou profissional jogando sujo e aí se ele não der valor ao seu trabalho ou produto, todos os outros profissionais sofrerão com isso. A concorrência injusta abaixa os preços, mas também a qualidade. Você precisa alcançar um nível tal de excelência que você conseguirá vender pelo preço que pedir. Ou seja, o preço justo! Afinal ninguém faz do jeito que você faz! Existem pessoas exigentes que não fazem pesquisa de preços, apenas pesquisa de atendimento e qualidade. Gosto de produtos com slogans os valorizam como: A melhor manteiga do Brasil. Ou o restaurante que abaixo donome está escrito: “O melhor lugar de se estar”.

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