O poder de convencimento dos relatórios contábeis
(alberto scherrer)
O PODER DE CONVENCIMENTO DOS RELATÓRIOS CONTÁBEISNo plano geral, convencer equivale a persuadir alguém
quanto a alguma coisa e/ou fato; significa levar alguém a crer ou aceitar sua
opinião, sugestão, proposta, demonstração ou uma idéia. Mais que aceitar,
acreditar e por ela se pautar.
Transportando o sentido do parágrafo
anterior para o meio profissional, constataremos que, essencialmente, não há
diferença comportamental. De um lado, temos alguém interessado em comunicar as
tecnicidades próprias de sua abordagem; de outro lado, o usuário da informação.
Como exemplo: se necessitamos de
cuidados médicos, submetemo-nos sem muita discussão (quando existe) às suas
decisões e indicações. Ao pensarmos em construir um imóvel, a palavra e a
“planta” nos apresentadas pela engenharia são suficientes. Se vamos “às
compras”, aqui também somos convencidos por esse ou aquele modelo etc. Enfim,
nas relações sócio-econômicas a palavra de ordem é CONVENCER. Para tanto, é
necessário que aquele que tiver sob sua responsabilidade a apresentação de
informações, esteja comprometido com suas próprias propostas, seja profundo
conhecedor das questões envolvidas e jamais se desvincule do comportamento
ético.
Dando ênfase aos relatórios
contábeis, estamos plenamente convictos quanto à sua capacidade de
convencimento, uma vez que os mesmos possuem elementos e dinamismo em suas
diversas estruturas capazes de transmitir com segurança as informações
desejadas por seus usuários.
Versando sobre a teoria da decisão,
o Prof. Dr. Clóvis Luis Padoveze, em sua mais recente obra (Controladoria
Estratégica e Operacional: 2003 pag.05) assim se expressou: “Os modelos de
decisão dentro da teoria contábil podem e devem atender as necessidades
gerenciais sobre todos os eventos econômicos, para qualquer nível hierárquico
dentro da empresa. Assim, é possível a construção de modelos de decisão
bastante específicos para decisões operacionais, e de caráter mais genérico
para decisões tidas como estratégicas”. Tal opinião consubstancia nosso
ponto de vista, pois, conhecendo o aspecto conceitual e estrutural dos
demonstrativos contábeis, sabemos perfeitamente que, através de sua correta
leitura, o gestor condiciona-se a tomar as decisões que estiverem sob seu
encargo.
No livro de nossa autoria
(Contabilidade Imobiliária: 2003 pag. 105 - citado no roda-pé do presente
artigo), fizemos a seguinte observação: “Entendemos que a Contabilidade é o
instrumento que traz à lume a verdadeira história do resultado
obtido. ..” (grifo próprio).
A característica fundamental que, em
nossa opinião, surge na apresentação dos relatórios da contabilidade para o
interessado, é a VERACIDADE. É de tal intensidade essa característica que,
mesmo em exemplos ou quaisquer simulações no ambiente acadêmico (sala de aula,
palestras etc) os valores apontados em qualidade e quantidade, tornam-se
“reais” aos participantes. Ao adquirir esse tom de “realismo”, os leitores já
estarão plenamente “convencidos” de tratar-se de uma demonstração fiel,
transparente e imprescindível às necessidades no processo decisório.
O
pensamento contábil tem sido objeto de constantes e profundas alterações
evolutivas. Se compararmos nossos dias com cinco décadas anteriores, veremos
que o dinâmico processo das informações sofreu modificações de espectro mais
amplo que a simples técnica; tornou-se fundamental para as gestões conscientes
de sua responsabilidade social. Passou a contemplar evidenciações de alcance
preditivo, fornecendo à sociedade um “retrato” de como as empresas têm gerado
riquezas e o que tem sido feito desses recursos.
Diante dessa abordagem, estamos
convictos de que o grau de responsabilidade do profissional contábil é tão
profundo quanto amplo. Decisões de investimentos, financiamentos e outras
próprias da vida empresarial são embasadas nos relatórios elaborados pela
Contabilidade. Entendemos, portanto, que ao profissional contábil cabe a
honrosa e nada fácil missão de demonstrar e transmitir para qualquer
interessado a real situação financeiro-econômica de um empreendimento. Para
isto, é necessário que se estabeleça uma relação de confiabilidade mútua, o que
nada mais é senão que uma PARCERIA INDISSOCIÁVEL entre a Contabilidade e seus
usuários, sempre com o propósito de harmonizar os interesses, necessidades e possibilidades.
Alberto M. ScherrerProfessor e Coordenador do curso de ciências contábeis do Centro Universitário Módulo-UNIMÓDULO - Caraguatatuba-SPAutor do Livro: “Contabilidade Imobiliária” –
publicado pela Editora Atlas
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