BUSCA

Links Patrocinados



Buscar por Título
   A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z


A Felicidade
(bruxedo)

Publicidade
A felicidade constroi-se, é feita dos pequenos nadas porque lutamos, da nossa capacidade de dar e receber, da disponibilidade que temos para descobrir o que há de espantoso na vida. A felicidade é uma capacidade pessoal, é a descoberta do romance nas nossas vidas, folheado página a página, com momentos duros em que temos de ser fortes, não vacilar e seguir sem hesitar o que achamos correcto , mas com momentos de sonho e fascínio que temos de descobrir por nós. É como um jogo das escondidas, é preciso termos primeiro a certeza de que a felicidade existe e está ao nosso alcance, mas temos que a descobrir por nós. Não aparece com evidência, não se revela como aquilo que pensamos ser "felicidade" quando somos adolescentes. A maturidade permite-nos, no entanto, a concretização de sonhos, torná-los reais, sentir a beleza de momentos únicos, saborear o que antes pensávamos ser dispensável e insignificante, ganharmos a noção da dignidade pessoal, da coerência perante ideais, do respeito pelos outros e por nós. Então, surge um momento novo, espantoso, em que compreendemos que, no fundo é simples ser-se feliz... Demasiado simples... mas nós complicamos, exigimos, fugimos, fechamos os olhos... E assim que a primeira tristeza vem, fechamos a nossa concha, choramos lágrimas amargas e solitárias, começamos a gostar de estados depressivos em que temos o direito de ter pena de nós e pedir aos outros que também o tenham... Que gozo ser-se infeliz... Os outros preocupam-se, rodeiam-nos de atenções, tentam desesperadamente mostrar-nos que estamos errados... e nós gostamos de provar que eles se enganam, que não entendem, que são injustos... Deixamo-nos afundar nesse lamaçal de sensações negativas, que nos atraem porque são fáceis. Assim podemos virar a cara ao sonho dizendo que é impossível de alcançar, assim podemos justificar a nós próprios os falhanços com uma naturalidade desculpabilizante e a vida vai passando ao lado, porque não a agarramos. .. Tenho a noção exacta do que é ser feliz (para mim, claro!)... Tenho a certeza de que haverá sempre momentos de tristeza e incompreensão, mas que é preciso procurar em todas as esquinas, em todas as ruas, em todos os lugares que existem dentro de nós... o encanto, o sonho, o romance... Fazer o que se gosta, desbravar sonhos, lutar pelo nosso lugar, amar e ser amado, saborear as carícias e concedê-las. Tudo isso é importante. Haverá coisa mais bonita do que a pele a desejar a pele? Haverá sonhos impossíveis (se soubermos definir os seus contornos e não desistir)? Mas não podemos fugir de nós, escondermo-nos atrás de medos, renunciar à persistência. E, olhar para os outros, nunca os esquecer, integrá-los na nossa história, pedir-lhes a ajuda que nos puderem dar... Sei que paixões correspondidas não acontecem muitas vezes na vida... mas não somos sempre demasiado exigentes para com os outros e nós próprios? Depois é fácil falhar, desagradarmo-nos, desencantarmo-nos... E por último, será possível sermos felizes sem termos amigos? Eles fazem parte de nós, da nossa construção, da nossa história... São eles que nos ajudam nas nossas lutas, nas nossas descobertas e que nos permitem encontrar as nossas definições de nós próprios e ajustá-las consoante os momentos, as necessidades, com a flexibilidade que deve ser parte integrante de cada um de nós.



Resumos Relacionados


- Abrir Os Olhos

- Convite À Vida, Um Salto Para O Abismo

- Convite À Vida, Um Salto Para O Abismo

- Http://ropelayo.blogspot.com/

- A Arte De Arruinar A Própria Vida



Passei.com.br | Biografias

FACEBOOK


PUBLICIDADE




encyclopedia