Pobreza e degradação ambiental andam juntas
(Jacira Cabral da Silveira)
Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, desenvolvida em pareceria com a Universidade de Cambridge, comprova a existência de relação direta entre variáveis de pobreza e meio ambiente. No caso das Américas, por exemplo, o estudo revela que a subnutrição resulta diretamente do risco de erosão, do consumo de energia tradicional e da alta emissão de dióxido de carbono. 0 estudo foi encomendado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, e teve como foco principal oito países africanos. Em outubro de 2006, quando 86 toneladas de peixes mortos apareceram no rio dos Sinos, na região metropolitana de Porto Alegre, e cerca de 600 pescadores ficaram sem trabalho foram terríves as consequências econômicas e socio-ambientais daquele grande desastre. ¨Pobreza não é apenas insuficiência de renda. É um conjunto de privações múltiplas abaixo de patamares considerados socialmente inaceitáveis.¨ declarou Flávio Comin, economista e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O grupo coordenado pelo professor brasileiro, tem como foco países africanos. 0s resultados deverão servir como fonte de consulta e estudo para subsidiar a ação de promotores de políticas públicas, com vistas a reverter, tanto a situação social africana quanto a degradação ambiental de um ponto de vista integrado. Ainda em 2007, Comim e os bolsistas Elly Mattos, Mônica Concha, Esmeralda Correa, Carla Silva e Philipe Berman, ligados ao Programa de Pós-graduação em Economia, visitarão os países pesquisados para apresentar o resultado do trabalho e explicar como operar as equações, através das quais é possível estabelecer relação quantitativa entre os índices de pobreza e as condições do meio ambiente.
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