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A etapa do corte na exploração florestal
(Diversos)

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Esta atividade, a bem pouco tempo atrás, no Brasil, era uma operação realizada manualmente, com o auxilio de machados, principalmente nas regiões de maior disponibilidade de mão de obra sendo, posteriormente, substituídas por motosserras, tornando esta atividade semi-mecanizada.
O corte da madeira é urna operação típica de um único trabalhador e também uma das operações mais desgastantes no sistema de colheita florestal, sendo a que apresenta os maiores riscos de acidentes em todo o serviço florestal ( Seixas, l998).
A partir da década de 90, as grandes empresas florestais deram início ao sistema de corte mecanizado, dada a escassez de mão-de-obra, elevado índice de acidentes de trabalho e ao alto custo da operação. As primeiras máquinas utilizadas foram: o "feller-buncher" ("cortador-acumulador") e o "harvester” ("colhedora florestal").
Sistemas semi – mecanizados ( motosserras )
A primeira motosserra foi construída em 1916 peio engenheiro sueco Westfeld. Em 1924, esta mesma motosserra, com alguns aperfeiçoamentos e com um motor a gasolina dois tempos de 57cv de potência, foi comercializada com o nome de Sector. O princípio desta máquina era uma corrente com dentes triangulares acionada diretamente por um quadro separado denominado de conjunto-motor. Na década de 20 apareceu uma nova motosserra cujo princípio baseava-se no deslizamento da corrente sobre um sabre com canaletas.
No Brasil, os principais fabricantes de motosserras são HUSQVARNA e STIHL. Atualmente, a motosserra como ferramenta., de corte vem sendo substituída, principalmente pelas grandes empresas do setor florestal, por máquinas mais sofisticadas como os cortadores acumuladores e as colhedoras florestais. Essa substituição vem ocorrendo devido ao alto custo da mão de obra e devido ao riscos proporcionados pelo uso da mesma, principalmente os relacionados a ergonometria, Entretanto, devido ao seu baixo custo de aquisição, a sua facilidade de manuseio e, em alguns casos, em virtude das péssimas condições topográficas e da baixa quantidade de madeira a ser explorada, ainda é significativo o seu uso em muitos plantios florestais.
Sistema mecanizado

a) Colhedora ("harvester")

A colhedora é um equipamento Polivalente auto-propelido capaz. de realizar o corte e o processamento das árvores ao mesmo tempo. Em alguns casos, pode também transformar a madeira em cavacos ou "chips” e/ou realizar o transporte primário da mesma, isto é, levar a madeira do ponto onde se está fazendo o corte até a borda do talhão.

As colhedoras dividem-se em dois grupos:

Two-grip harvester: composto por dois conjuntos de garras de fixação, que primeiro corta a árvore com uma cabeça de corte montada em uma grua e depois a transfere para realizar o processamento em um mecanismo montado na base da sua plataforma, Este sistema é mais indicado para florestas de alta produtividade e que possuam arvores de grande porte.

One-grip harvester: possui apenas um conjunto de garras de fixação e usa o mesmo equipamento de processamento, montado em uma grua relativamente mais leve, tanto para o abate como para as operações posteriores de desgalhamento e toragem. Este sistema, entretanto, é mais recomendado para florestas menos produtivas, podendo ser usadas tanto em florestas sob regime de corte raso ou desbastes, A produtividade desta máquina, segundo HAKKILA et alii, 1992, citado por SEIXAS, 1998 chega a 30. 000 m³.ano-1 em florestas sob regime de desbaste e 40.000 m³.ano-1 sob regime de corte raso, o que representa dez vezes mais o rendimento de um motosserrista.

As colhedoras florestais, de modo geral, possuem elevada disponibilidade técnica, boas propriedades ergonômicas e reduzido efeito impactante sobre o meio ambiente.

b) Cortador acumulador ("feller buncher"):
O cabeçote ou cabeça de corte é o elemento característico destas máquinas. O cabeçote faz o abate e ao mesmo tempo segura a árvore cortada possibilitando o abate de outra.

Quanto ao tipo de corte, os cortadores acumuladores podem ser de lâmina, de serra de corrente ou serras circulares. Estes dois últimos modelos substituem o primeiro devido, compressão das fibras e rachaduras na madeira proporcionada durante o corte. O movimento, no sistema de serras de corrente, é gerado por um circuito hidráulico e não por um motor a explosão, sendo portanto mais potente que uma motosserra. Entretanto, este sistema apresenta menor velocidade de corte e maior necessidade de manutenções.

O sistema de corte através de serras circulares possibilitam excelentes rendimentos, embota o sistema apresente problemas quanto a altura de corte da cepa.

O fato da cabeça de corte estar incorporada ao chassis do trator implica num maior deslocamento da máquina dentro do talhão. Em sistemas de corte raso, o cortador acumulador apresenta elevado rendimento de corte. FREITAS & ANTIQUEIRA (l993), citados por SEIXAS (l998), verificaram uma produtividade de 45 st/hora em corte raso de eucalipto corta 22 st/homem.dia para operadores de motosserra. As restrições ao uso de "feller-bunchers" dizem respeito à declividade do terreno, existindo um limite ao redor de 35% com diminuição no rendimento operacional.

IBDF/COPLAN. 1981. Transporte de madeira e derivados. Revista da Madeira, São Paulo (354): 12-15 jun.

DURATEX S.A. Colheita da madeira em florestas com baixo volume por árvore. In:
Anais do 4o Simpósio Brasileiro Sobre Colheita e Transporte Florestal. 5-8 out
1999. P.54-73.

GONÇALVES, J.L.M. Conservação de solos usados para fins florestais. In: 1o
Curso de Reciclagem em “Conservação e Preparo de Solos Florestais”.
Piracicaba. Setembro, 1996. 32 págs.

SEIXAS, F. Uma metodologia de seleção e dimensionamento da frota de veículos rodoviários para o transporte principal de madeira. Tese (doutorado) – EESC. Escola de Engenharia de São Carlos. São Carlos, 1992. 120p.

SEIXAS, F. 1987. Exploração e transporte de Eucalyptus spp. IPEF, Piracicaba. 40 p.



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