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Educação superior Brasileira
(Geraldo Ferreira da Paixão)

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O ensino superior brasileiro é uma lástima. Daí a necessidade de reestruturação da base, de maior comprometimento do Estado, de tal forma a permitir um ganho real para a sociedade estudantil, vista e tida com substancial menosprezo pela classe diretiva das universidades. A invasão da USP é um exemplo do total desprezo do poder público pelas coisas que envolvem a educação superior brasileira, e de uma forma geral a educação brasileira, desprovidada de especialistas com capacidade tal que possam representá-la com dignidade e honraria. As reinvidicações dos estudantes são extremamente pertinentes e buscam valorizar o estudante, o campus univesitário, o corpo docente e a defesa de direitos inalienáveis adquiridos ao longo de muitos anos. Não se trata de arrogância, de valorização espontânea ou coisa parecida - mais que nunca os estudantes estão lutando para preservar um pouco do que São Paulo ainda contribui para alavancar o crscimento de uma nação, qual seja, o investimento na educação. Os decretos recentemente assinados plo governo do estado ferem a pouca autonomia que ainda existe nas universidades brasileiras e por isso os estudantes estão externando sua insatisfação com os cientistas e intelectuais reponsáveis pela educação.Na verdade, a tão sonhada reforma universitária proposta pelo governo Lula em 2004 não conseguiu implacar, sendo este um dos motivos pelos quais os estudantes brasileiros não confiam mais nos governantes.Passados cinco séculos de história pós intalação da primeira universidade brasileira, pouco avançamos para mudar a visão retrógrada da educação superior. Ao longo de tanto tempo, não encontramos na prática políticas que justifiquem espelhar mutações tais que trouxesse benefícios aos estudantes brasileiros. Ao contrário, continuamos batendo na mesma tecla, caminhando de cabeça baixa, sem a coragem necessária para fazer as reformas urgentes que precisamos. O momento de hoje me lembra muito aquela época, com acesso às universidades públicas apenas para os estudantes de maior poder aquisitivo. Com raras exceções, quem consegue adentrar na universidade publica? Alunos advindos de escolas particulares, que pagaram caro para fazer o segundo grau numa escola elitizada, pagaram mais caro ainda para cursar um pré-vestibular da capital e, por isso, detêm conhecimentos suficientes para obter resultados no vestibular. Apesar da vocação extrema pelo continuísmo, os cientistas e intelectuais responsáveis pela educação superior no Brasil, apresentaram sim algumas sugestões de mudança, com as quais se esperava obter melhores resultados. Embora muitas dessas sugestões e mudanças tenham em seu bojo excelentes idéias, não se conseguiu na prática introduzi-las nos currículos das faculdades. Nossos legisladores são mestres para fazer leis, porém a aplicação das mesmas é um exercício incoerente, uma vez que não conseguimos torna-las realidade. Por isso, várias reformas foram feitas ao longo de tantos anos, mas os benefícios não alcançaram o foco, o estudante universitário. Continuamos assim, privilegiando a quem não precisa, em detrimento ao mais pobre, de menor poder aquisitivo. No Brasil, há uma preocupação generalizada dos legisladores em elaborar leis demasiadamente abrangentes, quase perfeitas. A começar pela Constituição Brasileira, contestada a quatro ventos pela sociedade, não pelo seu teor técnico, mas pela sua aplicabilidade, longe dos anseios dos seguimentos da área civil, poderes públicos e, principalmente do judiciário, com interpretações errôneas, num vai e vem incompreensível de nossos juristas. A partir de 1937 foram promovidas várias reformas no ensino superior, a começar pelo nome do próprio Ministério que depois de se chamar Ministério da Educação e Saúde, tornou-se em 1953 no atual Ministério de Educação e Cultura – MEC. As reformas universitárias dos anos 60 e 70 desenvolveram uma nova ideologia para o setor, tornando os laços universitários mais acadêmicos que simbólicos. A partir de 1995 no governo de Fernando Henrique Cardoso, a universidade passou por um processo rigoroso no aspecto administrativo tornando-se mais autônoma, possibilitando maior desenvolvimento da pesquisa científica e tecnológica, com grande expansão do ensino privado, porém sem atender ainda, os aspectos sociais e econômicos previstos. As reformas seguintes se intensificaram, surgindo os cursos de pós-graduação, mestrado e doutorado e, logicamente a diversificação do conhecimento gerou uma série de questionamentos ao sistema. Vários estudos foram desenvolvidos por pesquisadores neste período, evidenciando a necessidade das reformas. Segundo a revista CartaCapital, a taxa bruta de matriculas no ensino superior brasileiro, da ordem de 10 a 12% sempre foi inferior não só em relação aos países desenvolvidos, mas inclusive em relação a países de renda per-cápta bem inferior à nossa, comparando-se desfavoravelmente com as obtidas na Argentina, Chile e Bolívia. A deficiência de oferta de ensino superior no Brasil fica ainda mais patente, se comparadas com a Inglaterra, 48%, França, 50% e Estados Unidos com mais de 80%. Dessa forma, estamos completando cinco séculos de engessamento no ensino superior brasileiro, uma vez que as reformas até agora implantadas não foram suficientes para promover o desenvolvimento científico, cultural e social que o setor necessita.



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