BUSCA

Links Patrocinados



Buscar por Título
   A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z


Mapeamento Participativo: conceitos e elementos
(Pinheiro; L. A. F. V.)

Publicidade
Por mapeamento participativo entende-se um processo de espacialização e registro do conhecimento de um dado grupo ou comunidade acerca de uma determinada paisagem ou região. Isto não significa que o mapeamento participativo tem que resultar necessariamente em mapas, ou pelo menos mapas na forma que estamos habituados a ver. Relatos, ilustrações, trajetos roteiros esquematizados em cascas de árvores ou no solo, cantos e contos podem ser objetos iniciais ou finais de um mapeamento participativo. Independente da forma o fundamental é que estes apresentem uma especialização da formação.
Mapas oriundos de mapeamentos participativos (ou não) devem apresentar uma série de elementos, a saber: (i) um limite ou área de abrangência; (II) um sistema de referência ou objetos de referência espacial; (ii) uma ou mais escalas de ou unidades mínimas de informação; (iv) um sistema de classificação dos objetos mapeados; (v) informações relativas à data ou período de tempo a que se refere; e (vi) motivações aspectos históricos, culturais e do cotidiano dos responsáveis por aquela representação espacial. Além destes, para objetivos de análise e tomada de decisão a partir dos mapas, aspectos relativos de incerteza e acerácea são desejáveis.
Entretanto, estes elementos freqüentemente não estão óbvios na maioria destas representações e cabe ao técnico identificar, solicitar e mais importante esclarecer para a comunidade a importância destes elementos para a efetiva utilização dos produtos deste mapeamento. Contudo a importância destes elementos fica relativizada em função dos objetivos do mapeamento participativo.
Desta forma, talvez mais importante do que a busca destes elementos a priori é criação de um sistema de rápido retorno dos resultados preliminares em seis fases: (a) esclarecimento, motivação, e principalmente identificação do interesse pela comunidade; (b) o planejamento participativo dos objetivos e técnicas que serão utilizadas; (c) o processo de transferência das técnicas (d) a elaboração dos mapas ou representações; (e) a sistematização da informação, determinação da precisão e acurácea; e (f) o retorno da informação e criação para as condições para efetiva utilização pele comunidade.
Conforme mencionado anteriormente, este trabalho enfatiza os aspectos metodológicos (fases c, d e). Para uma análise mais aprofundada das outras fases indicamos Nelson & Writ (1995).
São vários os elementos que devem ser considerados num mapeamento. Nesta seção para a comunidade e aguardar que a necessidade destes elementos se faça sentir.
O processo relativo a um mapeamento participativo pode ser dividido procuramos de forma analítica descrevê-los e indicar alguns aspectos específicos referente ao contexto participativo.
Limite e área de abrangência: a identificação do limite do mapeamento ou da área de abrangência deve estar relacionada com o objetivo ou tema do mapeamento. Este limite auxiliará na definição da escala, ou escalas mais ou adequadas. Via de regra deve-se considerar que quanto maior a área a ser mapeado menos detalhamento será obtida e esta será inversamente proporcional a distância do núcleo da comunidade. Assim sendo, escalas múltiplas considerados para grandes áreas, quando um mapeamento geral da área é detalhado com atividades de mapeamentos de objetos mais específicos em subáreas.
Legendas e nomenclatura: exercícios envolvendo legendas devem trabalhar os métodos de representação cartográfica e tentar estabelecer códigos e nomes para os objetos que serão mapeados. As legendas podem incluir escalas temporais para clareiras, fertilidade do solo ou ocorrência de umas determinadas espécies florestal, nesta condição é muito importante calibrar a equipe em campo para que exista uma uniformidade no mapeamento. Quanto maior o numero de classes, mais complicada fica a classificação sendo que paraa maioria dos casos se sugere não mais do que quatro ou cinco classes distintas.
Escalas e proporcionalidade: um dos primeiros elementos que deve ser trabalhado com a comunidade que vai iniciar um mapeamento participativo é a noção de escala e proporcionalidade dos objetos que serão mapeados. Exercícios envolvendo a mensuração de unidades produtivas, como roçados, ou habitações são indicados, bem como o desafio de caracterizar uma determinada área numa folha de papel, ou seja, em um espaço limitado. Da mesma forma que os detalhes vão variar em função da distancia dos núcleos das comunidades o tamanho dos objetos deve variar só que em função de uma série de fatores que incluem o tempo dependido na atividade relacionada com aquela determinada área, conhecimento acerca de seus limites, entre outros.
Por outro lado é importante determinar quais são os objetivos do mapeamento cuja dimensão (área) é importante e qual o nível de precisão é necessário, dado que outros métodos também participativos podem vir a ser utilizados para obter tal informação.
Sistemas de referências ou objetos de referência espacial quando o mapeamento é realizado sobre outra base de dados previamente existentes, com imagens de satélite ou mapas, deve-se identificar o sistema de projeção utilizado e respectiva unidade de medida. Isto se deve ao fato de que diferentes mapas podem apresentar projeções (sistemas de referências).



Resumos Relacionados


- DinÂmica De Ecounidades De Um Fragmento Florestal

- Sistema De Informaçào Geográfica Na Determinação De Fertilidade Dos Solos

- O Que é Um Mapa Da Mente?

- Cartografia (dic. Geol.-geomorfológico)

- Definição De Florestas Mapas



Passei.com.br | Biografias

FACEBOOK


PUBLICIDADE




encyclopedia