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COMO AJUDAR CRIANÇAS QUE TROCAM GÊ POR CHÊ
(Vicente Martins)

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Uma professora do ensino fundamental me relata, por e-mail, o seguinte caso: “Tenho uma aluna que está na 3ª série e além de ter algumas dificuldades na leitura e na escrita, também apresenta um déficit fonológico”.E prossegue a professora na descrição das dificuldades de sua aluna: “Ela não consegue emitir o som da letra g, troca pelo che. E também troca o d pelo t”. E conclui: “Gostaria de saber se você poderia me orientar sobre o que fazer para ajudá-la. A mãe já consultou fonoaudiólogos e parece que nada adiantou. Desculpe por incomodá-lo, mas gostei da maneira como abordou o problema no seu artigo "O papel dos pais na formação leitora dos filhos" e espero poder contar com sua orientação”. O presente artigo se propõe a comentar a indagação da professora e propor uma reflexão lingüística e metalingüística sobre a aquisição das consoantes no primeiro ciclo do ensino fundamental. Com relação ao sistema alfabético, existem duas dificuldades básicas para alunos que estão no primeiro ciclo do ensino fundamental (1ª a 4ª série, incluindo, agora, também, o ano inicial aos seis anos de idade). A primeira é quanto ao traçado das letras, sobretudo as letras minúsculas, que exigem informações de rotação, sentido e direção das letras durante o traçado das mesmas. Na verdade, o que está em jogo é a memória de curto prazo das crianças de guardar tantas informações espaciais e geométricas das letras. O traçado das letras e de todos os demais grafemas (diacríticos como o til, circunflexo, agudo etc), não poucas vezes, exige conhecimentos rudimentares das formas geométricas. Aos três anos, por exemplo, uma criança deve copiar o desenho de um círculo; aos quatro anos, copiar uma cruz; aos cinco, um quadrado e aos seis anos, um triângulo e assim por diante. Quando sentem dificuldades para copiar estas formas geométricas, podemos, com uma certa segurança, afirmar que terão dificuldades também de desenhar as letras do alfabeto. Estas formas básicas têm os mesmos movimentos e rotações das letras do nosso alfabeto. Partindo desta relação entre caligrafia e geometria, particularmente, as figuras geométricas, o professor poderá conceber o ensino das letras do alfabeto dentro de uma perspectiva interdisciplinar. Um círculo, na matemática, definido como uma superfície plana limitada por uma linha curva - a circunferência - cujos pontos são eqüidistantes de um ponto fixo - o centro, favorece o traçado das seguintes letras minúsculas: a b c d e g o p q u h m n s. E as maiúsculas: B C G O P Q U D S. A cópia do desenho da cruz contribui sobremodo para o traçado das seguintes letras minúsculas do nosso alfabeto: v x z t. E também as maiúsculas: T X Z ´ A cópia do desenho do losango, quadrilátero plano cujos lados são iguais, a ser exigido, a partir dos cinco anos de idade, favorece as seguintes letras minúsculas: v x z. E as maiúsculas são: V X Z N N H I J L . A cópia do desenho do quadrado, forma que tem os lados e os ângulos iguais, permite que o aluno possa traçar as seguintes letras minúsculas: t f z i j l r. E maiúsculas: A E F H I L M N P R. A cópia do desenho do triângulo, um polígono de três lados, também chamado trilátero, dá uma idéia para o aluno como é o traçar, na forma minúsculas, das seguintes letras: v x z. E as maiúsculas: A V X Z Uma outra dificuldade, quanto ao sistema alfabético, reside na consciência fonêmica da criança durante sua fase de aquisição da leitura e da escrita ortográfica. Há uma relação estreita entre as letras do alfabeto, que aparecem na escrita, e os sons da fala, a que chamamos fonemas, isto é, as vogais, as consoantes e as semivogais. Não é uma relação perfeita, biunívoca, mas equívoca. Como se fala não é como se escreve. Nãoé como um espelho. Um som que se escuta não é diretamente escrito da forma que nos chega à intuição ou percepção auditiva. No caso relatado pela professora, refere-se a uma dificuldade da criança de não conseguir emitir o som da letra g, que o troca por chê.



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