O SILÊNCIO DOS DEFICIENTES.
(VICENTE LUGOBONI)
Vivemos em um mundo, onde vários seguimentos da sociedade se manifestam para conseguir um lugar ao sol.
Os professores se organizam, fazem protestos, paralisam suas atividades educacionais, promovem passeatas, os vigilantes de transportes de valores fazem greves, organizam piquetes e sempre tem suas reivindicações atendidas, operários bloqueiam entradas de empresas para terem seus direitos garantidos, sempre conseguem, enfim são categorias organizadas.
Por quê? Nós portadores de necessidades especiais temos que viver no silêncio? Não podemos gritar pedir socorro para as autoridades constituídas, aceitamos tudo de mãos beijadas, como esmolas, enquanto o normal seria participar da vida política da cidade, estado e união. É quase impossível ver uma passeata de pessoas usando cadeira de rodas, muletas, pessoas cegas, mudas e surdas, exigindo tratamento digno por parte das autoridades. Temos direitos e deveres, como cidadão, pagamos nossos impostos, nossos planos de saúde, e por sinal muito mais caro. Enquanto o normal seria a mesma tabela, que as pessoas consideradas normais pagam. As empresas não pensam em nós quando lançam produtos, tudo é feito pensando em consumidores considerados normais, imaginem máquinas fotográficas serem produzidas para quem usa a mão direita, isso só para começar, outra aberração caixas eletrônicos de bancos na altura que nunca alcançamos, para fazer nossa movimentação financeira, botões de elevadores que ficam em uma altura onde quem usa cadeira de rodas nunca alcançam!
Na verdade não queremos ser tratados como seres diferentes, mas sim com respeito, igualdade, onde tudo que funciona para os considerados normais também nos servem um mundo inclusivo. Para nós portadores de necessidades especiais tudo é uma exploração, laser nem pensar, tem campo de nudismo, bares para GLS, tudo muito adaptados, segundo suas leis internas, é parada gay, paradas para tantas paradas, e nós! Enquanto nós, não podemos ter acesso á cultura, laser, educação, não podemos ter acesso a prédios por ser instalações antigas e as mesmas não ter elevadores e nem rampas de acesso, e sempre tem os mesmos discursos, sem fundamento, sempre o poder aquisitivo imperando. Na verdade somos uma parcela pequena apenas 10% da população mundial segundo a ONU, (Organização das Nações Unidas). Será que esse silêncio é por que somos deficientes? Quando teremos voz e vez?
Defender uma causa como a dos portadores de deficiências é um tanto quanto complicada, porém muito gratificante cada conquista para nós é comemorada com muita alegria. Inclusão social se faz com respeito, sem atropelos causados por administradores públicos onde se tem uma política, racional.
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