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A QUEDA DUM ANJO
(CAMILO CASTELO BRANCO)

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Introdução A narrativa retrata a sociedade portuguesa do século XIX. O romance foi escrito e publicado por volta de 1865, e tem traços autobiográficos do autor.O ambiente social do Século XIX O personagem principal, Calisto Elói de Silos Benevides de Barbuda, morgado de Agra de Freimas, é um fidalgo rural, do Portugal profundo. Naquela época, as influências externas eram pouco visíveis; as tradições, os modos de falar e de vestir, os comportamentos, tudo se mantinha tal e qual ao longo de gerações. Em especial na província. Nos grandes centros urbanos – Lisboa e Porto – já não era bem assim; as influências estrangeiras eram facilmente adoptadas, mormente pelas classes elevadas, muitas vezes por questões de estatuto social. E isto facilitava a devassidão dos costumes.Os personagensOs personagens caricaturam os tipos humanos que se moviam na cena da época. Por exemplo, Calisto Elói representa o imobilismo cultural. E no entanto, tratava – se dum homem erudito. Lia e admirava os autores antigos, em especial do período clássico, bem como os portugueses mais arcaicos. Conhecia e orgulhava – se dos mais longínquos avós. A erudição e o dom de palavra abriram – lhe portas à carreira política. Presidente da Câmara de Miranda, primeiro; deputado ao Parlamento, a seguir. Calisto casou com uma prima que não devia nada à formosura, D.ª Teodora Barbuda de Figueiroa, morgada de Travanca. Este facto tem importância decisiva no desenrolar dos acontecimentos. Outros personagens: Brás Lobato, professor da instrução primária e concorrente de Calisto à carreira política; o boticário; e outros personagens miúdos como os lavradores da região, que contribuíram para o avanço da carreira política de Calisto. Adiante se referirão outros personagens que vão aparecendo à medida que a acção se desenvolve.Os acontecimentos I – A ascensãoCalisto chegou à Capital e ao Parlamento com o nobre propósito de contribuir com o seu saber para a moralização dos costumes dissolutos que grassavam, segundo a sua opinião. Vestindo à moda de 40 anos antes, apresentou – se no Parlamento. Dotado para a polémica, com dom de palavra, superou o mau aspecto mercê de intervenções que começaram a chamar a atenção, em especial aos parlamentares da oposição. Muito aplaudida e comentada na Imprensa, foi a intervenção que fez sobre a proposta do Dr. Libório de Meireles sobre a reforma das prisões. Refira – se que este Dr. Libório representa um personagem da vida real – o Dr. António Aires de Gouveia, que efectivamente foi autor duma proposta sobre “A Reforma das Cadeias”, e com quem Camilo teve diversas polémicas. Outros episódios houve que lhe granjearam respeito e admiração, mesmo entre os adversários políticos. Os acontecimentos II – A quedaComo era inevitável, foram as mulheres a causa da queda de Calisto. À semelhança de Camilo. Com 44 anos, influenciado por formosa senhora, filha do desembargador Sarmento, amigo dos primeiros tempos de Lisboa, e bastante mais nova que ele, começou a escrever versos. E pior, queria que ela os ouvisse. Pior ainda: mudou o vestuário, mudou hábitos, mudou de partido, mudou de opiniões. Começou a esquecer e aborrecer a mulher, quase não respondendo às cartas. Mas foi rejeitado. Quis o destino que outra formosa senhora o procurasse, impressionada com os dotes oratórios e a influência de Calisto no Governo, para conseguir uma pensão do Estado. Esta senhora era viúva do general Gonçalo Ponce de Leão, que estivera ao serviço de D. Miguel, e combatera no exército do Imperador do Brasil, D. Pedro II. Estava em graves dificuldades financeiras e achava – se no direito de receber pensão do Estado. Gorada a hipótese do Brasil, pedia socorro a Portugal. Comovido com a situação da pobre senhora, Calisto propôs – se tomar conta dela. Farto que estava da legítima mulher, utilizou recursos do casal para pôr casa a D.ª Ifigénia (assim se chamava ela), o que motivou irada reacção da legítima quando tal soube, através do antigo adversário político de Calisto, o mestre-escola Brás Lobato. A história termina com a consumação dos laços entre Calisto e Ifigénia, bem como entre Teodora e um outro primo – Lopo de Gambôa – que lhe lançou a vista mal soube do desprezo que Calisto lhe votava. E assim acaba o romance: duas traições, o desfazer da sólida casa dum fidalgo à antiga, convertido aos novos costumes e reduzido à condição de simples mortal, frágil como os outros homens.



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