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Rerum Novarum
(Papa Leão XIII)

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Carta Encíclica do Papa Leão XIII foi, a primeira manifestação aberta da Igreja no sentido de proteger os trabalhadores e suas organizações sindicais. Foi escrita em 15 de Maio de 1891, período em que o liberalismo dominava o cenário econômico do mundo. Nessa época, o salário dos trabalhadores era determinado de acordo com as leis do mercado, o Estado não intervinha na economia, os sindicatos eram proibidos em alguns países e as riquezas acumulavam-se nas mãos de poucos tendo por conseqüência até mesmo, um processo de desintegração dos laços familiares.
Nessa Encíclica, a Igreja sustenta a idéia de que é necessário auxiliar os trabalhadores que estão, em sua maioria, entregues à mercê de seus senhores ávidos de ganância e insaciável ambição.Segundo Leão XIII, os patrões possuem alguns deveres para com os operários como: não tratá-los como escravos e principalmente dar um salário que lhes convém.
A questão do tempo de trabalho dos empregados é discutida e são estabelecidos limites à exploração da mão de obra.O homem não deve aceitar a escravidão do espírito, é necessário um repouso para tirá-lo das ocupações da vida ordinária, devemos seguir o exemplo de Deus, de acordo com o Antigo Testamento: «Recorda-te de santificar o sábado» (35); e que ensinou com o Seu exemplo, quando no sétimo dia, depois de criado o homem, repousou: «Repousou no sétimo dia de todas as Suas obras que tinha feito» (36). As relações de trabalho devem ser baseadas na justiça. Deveriam ser também observadas os diferentes tipos de trabalhadores, pois existem certos trabalhos que não são teoricamente próprios de uma mulher ou criança. Deve-se iniciar a trabalhar, quando a pessoa tiver desenvolvido forças físicas, intelectuais e morais.
Em relação aos salários, o Papa afirma que este deve ser fruto de um acordo entre patrão e operário, sendo dessa maneira suficiente, de acordo com uma lei de justiça natural, para assegurar a subsistência do empregado (caso o contrário ele deve recorrer às corporações ou sindicatos para pedir auxílio).O trabalho é pessoal e intransferível.
Os operários possuem alguns deveres e obrigações para com os seus empregadores como: não devem lesar o seu patrão nem seus bens e suas reivindicações devem ser isentas de violência.A maioria dos operários gostaria de melhorar sua condição por meios honestos, porém eles são incentivados pelos agitadores que possuem idéias de invasão do direito alheio sob o pretexto da igualdade. É função do Estado reprimir essa minoria e preservar os bons operários do perigo da sedução.
De acordo com a visão leonina, o Estado deve garantir os direitos das classes mais baixas já que, os ricos possuem uma certa “proteção” dada pela sua riqueza. Outra função atribuída para o Estado é a de evitar greves, pois elas geram danos não só para os patrões mas para os operários também, pondo em risco a tranqüilidade pública. Além de evitar as greves, é necessário impedir os fatores que as causam como: a super exploração do trabalhador e os baixos salários.
O Estado não pode suprimir a propriedade privada, ele deve conciliá-la com o uso do bem comum já que a sua existência é uma lei que emana da natureza. A desigualdade das condições nasce espontaneamente, a própria natureza estabelece múltiplas diferenças entre os homens, portanto o desejo socialista de elevar todos ao mesmo nível, instituindo uma propriedade coletiva, é contra essa natureza. Leão XIII afirma também que, o homem se defende da perigosa jornada da vida através da criação de um patrimônio e da aquisição de bens que são adquiridos via herança e isso só pode ser realizado se houver uma concórdia e aproximação entre as duas classes: a senhora absoluta da indústria e a classe que esta sempre pronta para a desordem. Isso é exatamente o oposto do que o marxismo prega, quando afirma que a luta de classes é a força motriz por trás das grandes revoluções na história. Resumindo, o direito a propriedade privada é sinônimo de direito da garantia da independência social.
Mesmo condenando o socialismo, a Igreja incentivou a união dos trabalhadores através da formação de corporações e mais, também apóia a integração destes com os seus patrões por meio de todas as obras capazes de aliviar eficazmente a indigência e de operar uma aproximação entre as duas classes. Defende também que ao Estado deve permitir que as sociedades particulares coexistam com a sociedade civil e que se abstenha de interferir na administração das organizações católicas.
As corporações deveriam ser organizadas com para atingir através do meio mais cômodo e mais curto o seu fim sem se desviarem do objeto principal, que seria o aperfeiçoamento moral e religioso.E,acima disso tudo se encontrava a caridade que foi praticado pela Igreja desde sua criação.



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