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Canto de Paz
(Rodolfo Galvão de Oliveira)

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Na idade das civilizações
Por tanto tempo já vividas
Não equivale a nada – é eternidade
E nesta fração nunca houve paz

A paz não é somente a ausência
Da guerra bruta que surge fétida
Nem a falta da violência chula
Em cabarés do norte e do sul

A paz não é somente o marasmo
Dos elementos quedos esperando tempestade
É algo mais belo e mais sublime
Talvez seja o próprio Deus

Não cheirar perfumes amenos
Em colo suave de mulher bonita
Não é o filho calado e neurótico
Preso aos quatro cantos da sala

Não é verter sorrisos falsos
De homens e mulheres histéricos
Não é a fome do sexo refulgente
Nem a timidez do sofrido

Não é a voz muda cheia de medo
Esperando não perder o ordenado
Não é o andar lento do vitorioso
Nem o choro amaro do vencido

Não é soluços de amor malditos
Ou minutos acres de solidão profunda
Não é o aperto de mãos inimigas
Nem o perdão de uma alma fraca

Não é a história da fadas contada
Nas ruas pela molecada pária
Não é o silêncio do cárcere imundo
Nem a coerção da fé religiosa

A paz não é o que se aprende nas escolas
Por acordos de países beligerantes
Nem o matraqueado de matronas
Desejando o marido da vizinha

A paz não é a conquista do paraíso
Nem a fresca aragem marinha
Não é o rio que corre lento
Entre cascatas de pedra e aço

A paz não é a música dolente
Nem a busca do artista, grande
Não é o esmorecimento na luta
Nem o cansaço de fim de jornada

A paz não é aperitivos pelos bares
Nem serestas de violões enamorados
Não é pomba de se fala tanto
Nem a patativa a cantar no campo

A paz é aquilo que sentimos
Quando da justiça nós buscamos
O seu gládio salvador de almas
Atravessando toda a eternidade

A paz é aquilo que sentimos
De bom em nosso peito pulsando
Sabendo que buscamos o progresso
Numa luta para a evolução constante

A paz é aquilo que sentimos
Ao arcar com compromisso cumprido
É a brisa do sol bater suave
Na face de quem pratica o belo

A paz é o amor em sua totalidade
Desprezando o físico e outra coisa
É a ternura em sermos amigos
Da planta do animal do homem

A paz enfim é possuirmos
A consciência tranqüila e serena
De sabermos haver cumprido
Os nossos deveres todos assumidos



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