Pelo Dia da África
(Holanda)
Pelo Dia da África O Colonialismo foi sem dúvida a forma de enriquecimento dos paises ricos, o que os proporciona domínio capital em várias áreas da geopolítica mundial. Tal sistema de dominação produziu estado de pobreza tão profundo, capaz de resultar em revoltas armadas, nas quais, o próprio povo, passa a ser algoz, refém e vítima ao mesmo tempo, matando-se a si mesmo. Nós, latino-americanos, sempre ao destamparmos temas como – Colonialismo, Dominação - reviramos os capítulos da História do nosso Continente a desnudar sua dilapidação pelo invasor europeu. Nesse caso, gostaria de estender o olhar àquele Continente que nos alimentou em criança (ama de leite), edificou nossas vilas e cidades, produziu riquezas reluzentes endereçadas ao Velho Continente e, de quebra, sob a chibata do branco, adocicou-lhe a vida . O Dia da África, 25 de maio, constitui a ocasião de medir os progressos ocorridos no Continente Africano, avaliar as suas dificuldades e refletir sobre suas enormes potencialidades. A África passa hoje por processos de mudanças no conjunto de suas comunidades gerando enormes alterações políticas, resultado dos conflitos políticos internos que continuam acontecendo nas várias Nações que a compõe. Muitos países adotaram sistemas de governo pacíficos e democráticos. No Burundi, a conclusão pacífica e democrática do processo de transição constituiu um marco para o país e, certamente influirá para o futuro de toda a região dos Grandes Lagos. Na República Democrática do Congo, uma nova constituição e uma nova lei eleitoral assentam as bases para eleições democráticas, enquanto a Guiné-Bissau assistiu ao restabelecimento da ordem constitucional. E na Libéria, um escrutínio histórico levou ao poder a primeira mulher a ser eleita Presidenta de um Estado africano, muito embora dentro das pretensões do Governo dos EUA. As perspectivas econômicas são um pouco melhores, o continente se beneficiou de fluxos mais elevados de ajuda pública para o desenvolvimento e, a redução da dívida externa aliviou a economia de 18 países, dos mais endividados. Os países desenvolvidos, que formam o Grupo dos Oito, comprometeram-se a duplicar a ajuda, aumentando para 25 bilhões de dólares até o ano 2015. Mesmo diante desse otimismo, há grandes desafios. A violência, principalmente no sul do Saara continua, no Darfur – não obstante o recente acordo de paz – ameaça cerca de 2,6 milhões de vidas. A situação entre a Etiópia e a Eritréia continua a ser uma fonte de viva preocupação, enquanto o conflito no Norte de Uganda prolonga uma das piores tragédias humanitárias do mundo. Nesse mesmo tempo, a seca assola o Corno da África e partes da África austral, e a AIDS continua a ter um efeito terrível no futuro do continente africano, em toda a África, a pobreza e o enorme fardo de doenças, estão a impor um sofrimento generalizado mantendo-a em permanente estado de pobreza, resultado do processo de dominação dos grandes capitais que ali se alimentam havia séculos da riqueza que seu povo possui e produz. Hoje 25 de maio, devemos eleger nossas honrarias a esse povo que mesmo tendo sido arrancado do seu território, os mais fortes, sadios e hábeis filhos, aos montes incontáveis, resistiu, sobreviveu e dá sinais de recuperação de suas economias, embora a miséria ali deixada pelo estrangeiro corsário permanece como chaga sangrando pelas veias de grosso calibre do capital internacional.
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