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O sentimento da natureza em Kant, na Crítica da Faculdade de Julgar - IV
(Kant)

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Da natureza como arte. “A beleza auto-subsistente da natureza descobre-nos uma técnica da natureza, que a torna representável como um sistema segundo leis, cujo princípio não encontramos na nossa inteira faculdade do entendimento, ou seja segundo uma conformidade a fins respectivamente ao uso da faculdade do juízo com vista aos fenómenos, de modo que estes têm de ser ajuizados como pertencentes não simplesmente à natureza no seu mecanismo sem fim, mas também à analogia com a arte. Portanto ela, na verdade, efectivamente alarga, não o nosso conhecimento dos objectos da natureza, mas sim o nosso conceito da natureza, enquanto simples mecanismo, ao conceito da mesma como arte.”
Em Kant, a magnificência da natureza reside na arte da sua manifestação: “como explicar que a natureza tenha disseminado a beleza tão prodigamente por toda a parte, mesmo no fundo do oceano, onde só raramente chega o olho humano”. A arte, enquanto produção humana, baseia-se em conceitos de conformidade a fins. Mas a natureza não é produção humana; o que nos leva a admirá-la não é uma conformidade a fins por nós fundada, mas pela arte de auto-produção e auto-subsistência da natureza, em si. Isto é, como se a natureza fosse ela própria e unicamente a única arte possível, pura, simples: “O pensamento de que a natureza produziu aquela beleza, tem que acompanhar a intuição e a reflexão”.
A arte bela, ou é imitação da natureza, ou é feita de tal modo que parece ter sido criada pela natureza, ou ainda, é um produto final de uma determinada intenção. É neste sentido que Kant a considera menor que a natureza bela. Só a arte absolutamente livre e não intencional pode despertar no sujeito um sentimento de vida, analogamente livre e não intencional. E as coisas não se tornam belas porque se adequam a determinados fins; as coisas são belas porque são em si mesmas adequação a fins: são autênticas. Existem e auto-subsistem. E isso é bom.
O interesse pelo belo natural é bom. Porque nos dá a medida do autêntico, o valor da existência, a elevação da vida ao espiritual, ao supra-sensível. Ao mesmo tempo sentimo-nos naturais como a natureza e agraciados pelo seu favor.
Até agora, percebemos que a natureza é o bem (existência) mais autêntico e mais interessante que se (nos) manifesta.



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