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Apocalipse – Clamores Da Revelação
(Jean-Yves Leloup)

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Resenha Do Livro: Apocalipse – Clamores Da Revelação
De Jean-Yves Leloup

Trata-se de uma interpretação do Livro do Apocalipse, contido no novo testamento da bíblia sagrada, livro sagrado cristão, cujo autor é o apóstolo João. O livro é uma adaptação do conteúdo de uma palestra com o mesmo nome, traduzida por Marta Gouveia da Cruz, realizada na Unipaz do Rio de Janeiro no mês de Outubro do ano 2000 d.C. É parte da coleção Unipaz – Colégio Internacional dos Terapeutas que é uma “reunião de textos, pesquisas e testemunhos úteis a uma compreensão superior e vasta do homem e do universo para sua saúde e bem estar”, é transdisciplinar, situa-se na linha de pesquisa da Psicologia transpessoal e do paradigma holístico e tem suas fundamentações nos Terapeutas de Alexandria dos quais faz parte Fílon de Alexandria.
O prefácio é do psicólogo e antropólogo Roberto Crema. Ele diz sobre a obra e o autor:
“Com seus notáveis dons de interpretação e visão inclusiva, de altitude e de profundidade, juntamente com uma rara formação que concilia, agrega e articula as linguagens do teólogo, do psicólogo, do filósofo, do cientista, com a sua reconhecida arte poética, Leloup nos oferece um fruto precioso de suas meditações e uma bússola norteadora na travessia dos desertos apocalípticos, textuais e existenciais. A sua admirável proeza é a de abrir um horizonte compreensível para o núcleo essencial da mensagem do Apocalipse, decifrando-o em alguns de seus elementos fundadores, tecendo uma lúcida e bela gestalt de suas imagens estruturantes mais básicas e centrais. A sua leitura dos significados das pedras da construção de uma Nova Jerusalém, numa perspectiva de evolução individual e coletiva, é um tratado iniciático que alia o desenvolvimento pessoal, rumo ao encontro com o outro e o Totalmente Outro. A hermenêutica leloupiana desvela, no coração da escatologia, a elevação do Ser.”(Pág. 11)
Em seu início o texto aborda uma interpretação do apocalipse contextualizando historica e geograficamente, além de buscar entender a maneira de pensar do autor e o que estava vivendo na época da escrita do texto. Sugere que o Livro do Apocalipse é um mergulho no inconsciente pessoal de João e também um mergulho no inconsciente coletivo da comunidade em que vivia. Também faz um pequeno intróito sobre formas de interpretação de textos.
Ao iniciar a interpretação ele faz um inventário dos diferentes personagens contidos no Apocalipse se detendo um pouco em cada um. Ele fala do Eu Sou (Aberto) e do Poço do Abismo, do Alguém e do Shatan, do Cordeiro e do Dragão, dos Viventes e dos Cavaleiros, da Mulher e da Prostituta, da Criança e da Besta, de Jerusalém e da Babilônia. Também propõe alguns exercícios para serem usados como instrumentos para terapeutas, principalmente ligado às artes.
Afirma que o que está no Apocalipse é uma realidade que se encontra em nossas vidas. O que se encontra é um combate entre “polaridades de sombra e luz, de inferno e aberto, de consumo e comunhão”(Pág. 34). O que João expressa é o processo de individuação, de integração do Eu e do Self. Leloup faz a interpretação fazendo ligação com o processo de individuação de Jung.
Ao fazer uma interpretação da passagem referente à construção de uma nova Jerusalém celeste cujos alicerces estão recamados por 12 tipos de pedras preciosas, ele traz uma chave para entender estas pedras, através de seus conhecimentos adquiridos durante retiro no Monte Atos e no Monastério da Ilha de Patmos. Trata-se de reconhecer em cada pedra uma qualidade de amor. As qualidades destas pedras são as qualidades necessárias para o ser humano edificar em si mesmo uma qualidade especial do Ser. As doze pedras tem uma ordenação com uma razão específica sumarizada no quadro abaixo. Esta classificação é interpretada com todo o viés do contexto atual contemporâneo.

Pedras brutas que significam o cuidar de si
Jaspe ou Amor-reconhecimento de si
Safira ou Amor-aceitação de si
Calcedônia ou Amor-confiança em si
Esmeralda ou Amor-desapego de si

Pedras cúbicas que significam o cuidar do outro
Sardônica ou Amor-reconhecimento do outro
Cornalina ou Amor-respeito, Amor-aceitação do outro
Crisólito ou amor-confiança no outro
Berilo ou Amor-abandono, Amor-fidelidade ao outro


Pedras filosofais que significam o cuidar do Ser
Topázio ou Amor-reconhecimento de Deus
Crisópraso ou Amor-adoração a Deus
Jacinto ou Amor-confiança em Deus, Amor-abandono a Deus
Ametista ou Amor-participação na obra de Deus


O texto é finalizado com perguntas feitas pelo público presente à palestra; são a respeito de: a última mensagem de Fátima publicada pelo Vaticano; o amor e os amantes; mensagens de Maria que só aparecerem no contexto católico; escolhas homossexuais; a escuta da bem amada e da voz do povo e da linguagem simbólica que permitiu que o Apocalipse não fosse adulterado.
O livro traz uma visão nova de uma autor brilhante que de uma maneira lúcida interpreta e dá uma visão positiva à forma muitas vezes aterradora de outras interpretações do Apocalipse.
Referência:
Jean-Yves Leloup (2003), Clamores da Revelação, Editora Vozes



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