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Um coração simples
(Gustavo Flauber; Milton Hatoum)

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Este conto do escritor francês Gustave Flaubert, narra a história de Felicité, orfã de pai e mãe, a qual, ainda muito pequena, precisou trabalhar em casa de extranhos, cuidando de animais, para poder sobreviver. Foi mal-tratada, e acabou sendo expulsa, acusada de um roubo que não cometera, e precisou sair à procura de outro emprego. Aos dezoito anos, apaixonou-se, pela primeira e única vez. A promessa de casamento foi quebrada quando o pretendente a trocou por uma velha rica, para fugir do alistamento militar. Com o coração partido, Felicité juntou seus poucos pertences e dirigiu-se ao povoado de Pont-l´Evêque, onde conheceu a Sra. Aubian, que a contratou para cozinhar e cuidar de seus filhos, devido à sua boa vontade e poucas exigências. Felicité, era uma pessoa extremamente simples, ingênua, e acima de tudo, fiel à patroa. Logo apegou-se às crianças, Virginie e Paul e gostava deles como se fossem seus filhos, sofria com a proibição de abraçá-los e beijá-los. Sua dedicação à família era tamanha, que em certa ocasião chegou a arriscar sua própria vida, enfrentando um touro furioso, que os atacara durante um passeio pelas pastagens. Após o susto, a menina Virgínie adoeceu dos nervos, e a família viajou para que ela tomasse banhos de mar, seguindo os conselhos dos médicos. Com o passar do tempo, a Sra.Aubian mandou o filho para um colégio interno onde pudesse receber uma boa educação. Nessa época, Felicité ficou a cargo de acompanhar a menina ao catecismo, coisa que fazia com muito gosto, e fez brotar nela uma grande devoção religiosa, ainda que não entendesse bem os dogmas da igreja, acompanhava tudo com emoção e adoração. Após a primeira comunhão, a menina foi mandada a um pensionato de freiras para que aprendesse música e línguas. Para amenizar o sofrimento de Felicité, a Sra Aubian permitiu que recebesse ocasionalmente a visita do sobrinho,Vítor, grumete da marinha, porém a alegria das visitas não durou muito tempo, porque ele perdeu a vida durante uma missão militar em Cuba. A menina Virgínie também morreu algum tempo depois, doente, no pensionato. Foi um duríssimo golpe para a Sra Aubian e para Felicité. Nesta triste ocasião, a patroa aproximou-se da criada e a abraçou. Os anos se passaram, e Felicité achou consolo na companhia de um papagaio, ao qual deu o nome de Lulu e ensinou a falar, para ela, a ave representava o filho, o companheiro, o sobrinho Vítor, o divino. Numa manhã de frio, a ave morreu. A patroa, comovida com o choro da criada, aconselhou-a a empalhar o animal. A ave empalhada ocupava um lugar especial no quarto de Felicité, esta lhe dedicava suas preces como a um santo. Após a morte da patroa, Felicité, recebeu a notícia de que a casa foi posta à venda pelo filho da Sra.Aubian. Velha, surda e dessolada, sente o peso da solidão e da idade. Já doente, em suas últimas horas de vida, escuta desde seu leito, a procissão passando na rua, na celebração de Corpus Christi. O pároco permitiu que seu último desejo fosse realizado, e a ave empalhada foi colocada no altar de adoração erguido no pátio da casa. Durante a celebração, Felicité viu em seu delírio, o papagaio gigantesco plainando sobre seu leito, iluminando-o, como a figura do Espírito Santo, e neste momento, soltou o último suspiro.



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