SERES NORMAIS X SERES DIFERENTES
(VICENTE LUGOBONI)
Quando escrevo meus textos referentes às pessoas portadoras de necessidades especiais, e também por ser uma delas, imagino o seguinte:
Na verdade, será que existem mesmo seres normais? O que define normais dos diferentes, quais são os quesitos?
Será que rostos assimétricos, pernas bem torneadas, bumbum arrebitado, seios, bojudos idênticos, é sinal de normalidade, ou simplesmente o ir e vir dessas pessoas os fazem seres normais?
Sabemos que segundo o dicionário Aurélio diferente é tudo aquilo que foge do normal. Então porque pessoas portadoras de necessidades especiais são consideradas diferentes? Bem que poderia ser o inverso. Se fugirmos dos patrões da sociedade em certos aspectos, da normalidade, podemos dizer que os seres diferentes nada mais são do que pessoas que saíram de padrão normal pré-concebido de que tudo é normal ou diferente, depende do ângulo de cada um.
A sociedade evoluiu tanto que cria regras de viver, as pessoas querem-nos escolher quem nos serve ou não, sentam-se em seus rabos, e tem vergonha de ver o rabo do parente. Quanta mediocridade! Quando escolhem quem serve ou não para viver em comum praticam um mal tão grande. Será que familiares podem opinar em relacionamentos entre ser normal e ser diferente? Como ser que acredito em forças divinas, não posso crer que nada acontece por acaso e principalmente nesses casos de relacionamentos entre normal e diferente, onde o diferente passa a ser a pessoa normal, e o normal a ser diferente para que através desses relacionamentos á pessoa normal possa ganhar a eternidade, onde ambas tem o mesmo valor, pois estarão se ajudando. Segundo a bíblia os humilhados serão exaltados.
Portanto quando familiares interferem nesses casos o amor deles para com a pessoa normal foge da normalidade, e acaba penalizando-os. Para quem acredita em reencarnação o que poderia ser a última encarnação acaba por não ser, portanto tendo que reencarnar em outro corpo para atingir o ciclo e muitas vezes causando um sofrimento muito maior do que estava previsto. E uma pergunta que não quer calar, até que ponto nós seres mortais temos o direito de fazer sofrer por questão de não acreditar que nada acontece por acaso? Sempre tem suas razões.
O sofrimento muitas vezes olhado por questão humana, e sem o conhecimento do propósito de Deus pode até nos condenar a não ter vida eterna. Mas um fato de extrema importância nesses casos não é levado em consideração, é o livre arbítrio de que cada um é dono de seu próprio destino, e que nem pai, mãe, irmãos, filhos e parentes muito próximos podem traçar o destino, eterno de ninguém, onde cair e levantar sempre serão verbos indispensáveis para o crescimento da humanidade, mas a cada tombo tem seus significados, somente os pobres de espírito se arrastam e nunca caem, pois estarão sempre deitados. Só os fortes de espíritos caem, pois estarão sempre em busca de crescimento para chegar à perfeição e conseqüentemente a eternidade. Pensem nisso?
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