Augusto Ruschi: O Imortal
(Andre Luis Alvares Zampieri)
Em 13 de dezembro de 1915, na pequena cidade de Santa Tereza, aos pés das montanhas capixabas nascia um grande defensor da natureza: Augusto Ruschi. Vindo de família tradicional no trabalho da ciência, no cultivo e estudo de plantas, Augusto Ruschi, ainda menino já apresentava uma grande curiosidade pelas plantas que seu pai cultivava na chácara da família, “Chácara Anita”.
Iniciou seus estudos no colégio Ítalo brasileiro em Santa Tereza, mas devido a sua curiosidade diversas vezes teve a atenção chamada nas aulas, pois brincava constantemente com insetos que levava em vidrinhos e caixinhas de fósforos.
Aos 10 anos passou a residir em Vitória/ES para estudar no colégio estadual. Sua grande incentivadora foi a pesquisadora e historiadora Maria Estela de Novaes que percebendo sua paixão pela vida dos insetos, passou a incentivá-lo para o mundo da ciência.
Muitas vezes, Ruschi era dado como louco, pois passava dias vivendo pelas matas, observando, desenhando e colecionando plantas. Numa ocasião enviou suas observações sobre uma praga dos laranjais que assolava as lavouras, descrevendo o ciclo do bicho ao museu nacional. Ruschi havia observado mais de 500 caixas de lagartas, algo que laboratórios não o fizeram. Suas informações foram suficientes para a resolução do problema, pois completava uma pesquisa mundial as respeito de terra.
Dessa forma, aos 12 anos tornou-se conhecido por vários cientistas do país. Aos 17 anos, o Prof. Melo Leitão, responsável pelo museu nacional ao deparar com a pesquisa de Ruschi, resolveu apadrinhá-lo, então Rushi começou a trabalhar no museu nacional e no jardim botânico e zoológicos como coletor de materiais botânicos e zoológicos.
Em 1937, com apenas 22 anos passou a residir definitivamente no Rio de Janeiro, passando a lecionar na Universidade Federal do Brasil hoje a UFRJ. No período foi orientado ddiretamente pelo Professor Melo Leitão. Durante sua estada no Rio de Janeiro, Ruschi tornou-se rapidamente amigo particular do mestre, na qual tinha longas conversas e troca de informações. Ruschi devorava um abibliografia que rapidamente era absorvida. Sentiu que o trabalho no campo era muito mais relevante que o trabalho nos laboratórios. Aproveitou-se de uma doença grave para retornar a sua terra natal.
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