Pela construção de novos valores
(filosofolionessantos)
A crise pela qual passa o Planeta hoje é resultado da construção histórica das civilizações. Ao longo de um período de mais de 25 séculos a humanidade seguiu por um caminho errante. Construiu valores baseados na fragmentação, na competição e na exclusão. Valores que vão contra os princípios da própria vida. O princípio da vida clama por valores como a cooperação, a integração e formação de parcerias. Porém, o que vemos internalizados na sociedade, de maneira geral, são valores que negam os princípios da construção de um mundo melhor e com espaço para todos. Negam a própria possibilidade da utopia. A ciência moderna que se estabeleceu nos séculos XVII e XVIII, proveu-nos de conceitos como método, sujeito, objeto, domínio e posse. Daí, estabelecemos divisões. Classificamos os saberes em científicos e não científicos. Procuramos ainda, muitas vezes, invalidar o discurso do “outro”. Estabelecemos paradigmas (Thomas Khun). Criamos núcleos rígidos (Lakatos) de normatização, proteção e canonização dos saberes. Simplesmente, excluímos o “outro”, o “diferente”. Não atentamos para as sábias palavras do Chefe Seatle de que “o homem é apenas um fio da teia da vida”. Tudo que existe no universo está interligado e é interdependente. Não existe fatos isolados e nem ações sem reações. O aquecimento global, a pobreza, a violência e o “mal estar” que aportou na nossa civilização são reflexos da destruição da biodiversidade e do modelo de civilização fragmentada e excludente que construímos ao longo dos últimos três séculos. A esperança de um mundo melhor para todos, passa pela mudança dos valores atuais da sociedade. Passa também pela apropriação e internalização de novos conceitos na construção de novos valores. Conceitos de complexidade e cooperação, dentre outros.
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