Cem anos de solidão
(GABRIEL GARCIA MARQUEZ)
Cem anos de solidão conta a história da família Buendía ao longo de seis gerações no povo fictício de Macondo. O povo é fundado por diversas famílias conduzidas por José Arcadio Buendía e Úrsula Iguarán, um casal de primos que se casaram cheios de presságios e temores por seu parentesco e o mito existente na região pelo qual sua descendência podia ter fila de porco. Pese a isso, tiveram três filhos: José Arcadio, Aureliano e Amaranta (nomes que se repetirão nas seguintes gerações). José Arcadio, o fundador, é a pessoa que lidera e pesquisa com as novidades que trazem os ciganos ao povo, e termina sua vida atado à árvore até onde chega o fantasma de seu inimigo Prudencio Aguilar com o quem dialoga. Úrsula é a matriarca e chefe da família, quem vive durante mais de cem anos cuidando da família e do lar. O povo pouco a pouco vai crescendo e com este crescimento chegam habitantes do outro lado da ciénaga (terreno que rodeia e isola ao povo do exterior, tal como sucede em seu natal Aracataca, Colômbia). Com eles se incrementa a atividade comercial e a construção em Macondo. Infelizmente, chegam também a peste da insônia e a peste do esquecimento. A perda da memória obriga a seus habitantes a criar um método para recordar as coisas e Aureliano começa a etiquetar todos os objetos para recordar seus nomes; não obstante, este método começa a falhar quando as pessoas também esquecem ler. Até que um dia regressa Melquíades (o líder dos ciganos e amigo de José Arcadio) com uma bebida magica para reestablecer a memória que surte efeito imediatamente, e em agradecimento é convidado a ficar a viver na casa. Quando estoura a guerra civil, a população toma parte ativa no conflito ao enviar um exército de resistência dirigido pelo coronel Aureliano Buendía (segundo filho de José Arcadio), a lutar contra o regime conservador ou godos, como se lhes diz depreciativamente. No povo, enquanto, Arcadio (neto do fundador e filho de Pilar Bezerra e José Arcadio) é designado por seu tio chefe civil e militar, e se transforma num brutal ditador, quem é fuzilado quando o conservatismo retoma o poder. A guerra continua e o coronel Aureliano se salva de morrer em várias oportunidades, até que, fatigado de lutar sem sentido, arruma um tratado de paz que durará até o fim da novela. Depois de que o tratado se assina, Aureliano se dispara no peito, mas sobrevive. Posteriormente, o coronel regressa à casa, afasta-se da politica e se dedica a fabricar pescaditos de ouro encerrado em seu ateliê, de onde sai somente para vendê-los. Aureliano Triste, um dos dezessete filhos do coronel Aureliano Buendía, instala uma fábrica de gelo em Macondo, deixa a seu irmão Aureliano Centeno à frente do negócio e se marcha do povo com a idéia de trazer o trem. Regressa ao cabo de pouco tempo, cumprindo com sua missão, a qual gera um grande desenvolvimento, já que com o trem, chegam também o telegrafo, o gramofono e o cinema. Então o povo se converte num centro de atividade na região, atraindo a milhares de pessoas de diversos lugares. Alguns estrangeiros recém chegados começam uma plantação de banana cerca de Macondo. O povo prospera até o surgimento de uma greve na plantação bananera; para acabar com ela, faz-se presente o exército nacional e os trabalhadores que protestam são assassinados e arrojados ao mar. Depois da massacre dos trabalhadores da banana, o povo é assediado pelas chuvas que se prolongam por quatro anos, onze meses e dois dias. Úrsula diz que espera o final das chuvas para finalmente morrer. Nasce Aureliano Babilonia, o último membro da linha Buendía (inicialmente referido como Aureliano Buendía, até que mais adiante descobre pelos pergaminhos do misterioso Melquíades, uma espécie de mago Merlin, que seu sobrenome paterno é Babilonia). Quando as chuvas terminam, Úrsula morre e Macondo fica desolado. A família se vê reduzida e em Macondo já não se lembram dos Buendía; Aureliano se dedica a decifrar os pergaminhos de Melquíades nolaboratório, até que regressa de Bruxelas sua tia Amaranta Úrsula, com quem tem um romance. Deste, Amaranta Úrsula fica grávida e tem um menino que ao nascer se descobre com fila de porco; ela morre desangrada depois do parto. Aureliano Babilonia, desesperado, sai ao povo chamando de porta em porta, mas Macondo agora é um povo abandonado e só encontra a um cantinero que lhe oferece aguardiente, ficando-se dormido. Ao acordar se lembra do menino recém nascido e corre a procurá-lo, mas a sua chegada encontra que se o estão comendo as formigas. Aureliano recorda que ésto estava predito nos pergaminhos de Melquíades e termina de decifrar a história dos Buendía que já estava ali escrita com antecipação, encontrando que ao terminar de lê-los, finalizaria sua própria história, sua vida e com ele, a história daquele Macondo, o qual desaparece na noite dos tempos para sempre....
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