A Gênese da Máfia Italiana
(Tatiana Borgia)
A Gênes da Máfia Italiana
Existem muitos textos que apontam a data inicial das atividades mafiosas em tempos diferentes. Isso ocorre porque geralmente considera-se apenas o período criminoso como sendo da máfia em questão. Devemos entender que exitem vários tipos diferentes de máfia, e períodos de atuação diferentes de um mesmo ramo mafioso. Temos a máfia siciliana, a original italiana, onde tudo começou. Mas temos também a máfia Americana que teve forte atuação nos perídos dos anos 30 aos 60, deinxado legados ainda hoje na terra do “Tio Sam” . Temos a máfia russa, e temos outros tipos de grupos do crime organizado que são chamados de máfia. Porém, a que será considerada neste artigo será apenas a máfia italiana, a verdadeira dona da expressão, centrando-se na Sicília, sendo posteriormente demonstrado a máfia americana de origem italiana.
A máfia tal qual conhecemos hoje, como organização criminosa teve sua formação com propósitos totalmente averso ao crime. Com a queda do império Romano e as invasões bárbaras no século V a península italiana se fragmenta em estados independentes. No século IX a sicília estava ocupada pelos árabes. Os sicilianos eram oprimidos e buscavam refúgio nas montanhas das redondezas. Esse sicilianos formaram uma “sociedade secreta” visando unir as pessoas contra os invasores e opressores árabes e normandos. Ela foi formada visando proteger seus membros e submeter-se a família.
A intensão original dessa sociedade era a de criar um sentimento de família baseado nas ancestrais regras sicilianas, ou seja, era uma organização baseada em laços familiares.
Nesse período passa pela Itália vários governantes. Após dois séculos de domínio de reis Lombardos (568-774), o franco Carlos Magno domina a península e é coroado imperador romano pelo papa em 800. Entre os séculos XII e XIII, parte da Itália é controlada pela dinastia germânica Hohenstaufen. Nesse período surgem poderosas cidades-estados, como Milão, Pisa, Gênova e Florença, que, junto com o Estado Pontifício, mantêm a hegemonia sobre a península. Os séculos XIV e XV marcam o apogeu do Renascimento italiano, que marca as artes e a cultura em toda a Europa, na época.
Com o passar do tempo e mudanças no contexto a forma de atuação da máfia também se alterou. No séc. XVIII ela já apresentava traços criminosos. Nos anos de 1700, quadros representado uma mão negra eram distribuídos para as pessoas mais ricas da região , isso era um aviso não-escrito de que se essas pessoas não contribuíssem com alguma quantia em dinheiro elas ficariam sem proteção estando sujeitas a raptos e assassinatos.
Segundo alguns pesquisadores, a máfia tal qual conhecemos hoje tem seu embrião formado com a unificação da Itália em 1860, sendo que a partir so século XIX essa sociedade fica maior e mais orientada para o crime. Nesse período, a máfia siciliana controlava a maior parte da zona rural local. Isso se dá porque com a unificação os latifundiários perdem o direito de ter milícias privadas e , formam em contrapartida, grupos armados para manter, quase secretamente, a estabilidade das relações econômicas entre camponeses e patrões. Assim surgia o monopólio da violência que substituía os poderes do Estado.
No ano de 1876, Don Rafael Palizollo , pertencente a máfia concorreu a um cargo político na Sicília e forçou eleitores a votarem nele, ameaçando-os com uma pistola. Após eleito, ele nomeou Don Crispi, outro mafioso, como primeiro-ministro e juntos controlavam os recursos locais e da máfia. Primeiro tomaram as administrações locais, em seguida a magistratura e os órgão de segurança. Era a sociedade se consolidando em um ramo “legal” da sociedade.
No que diz respeito as famílias, nelas são cultivados valores tradicionais de honra, fidelidade e respeito aos laços de sangue. A máfia é a consciência de o próprio ser, da própria força individual. Disso vem a intolerância do mafioso pela sua superioridade e prepotência alheia. Dessa postura quase anarquista vem a máfia, encapuzada em seus códigos e em seu mundo, ao mesmo tempo solapando o poder estatal. Seria a incapacidade da cultura tradicional siciliana em entender a “soberania” da lei? Acredita-se que como viveram sempre sob o julgo de “leis próprias” eles encontram imensa dificuldade em aceitar um poder externo interferindo.
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