Modelos de explicação de leis
(avb)
Explicação científica: é composto pelo explanandum (acontecimento ou lei que se quer explicar e que tanto pode ser algo que aconteça numa ocasião em particular como uma generalidade » tese/conclusão) e pelo explanans (informação apresentada para explicar o acontecimento ou lei que queremos explicar » corpo de argumentos/premissas). É o explanans que vai determinar se a explicação é científica.Conhecemos à partida o acontecimento indicado na conclusão e é necessário encontrar leis e condições inicias que mostrem que tal tinha de ocorrer.§ Lei da natureza: (relação causa-efeito) Afirmação universal que serve para explicar e prever o comportamentos dos objectos naturais, ou seja, aplica-se a todos os objectos de uma certa categoria e não está limitada a qualquer lugar ou momento (Todo o ‘F’ é ‘G’). Exigem investigação teórico-experimental, podem ser expressas em termos matematicamente e envolvem por noma conceitos abstractos.§ Generalizações acidentais: Afirmações universais que embora verdadeiras não exprimem leis (p.e. ‘todas as moedas do meu bolso são de 1€’).
Explicação e previsão – a única diferença entre ambas reside nos tempos verbais utilizados e à maneira como utilizamos o conhecimento das preposições do argumento, visto que o conteúdo é semelhante e a sua estrutura é igual – tese da simentria: qualquer explicação é uma previsão potencial e qualquer previsão é uma explicação potencial.» Nas explicações conhecemos à partida o acontecimento indicado na conclusão e é necessário encontrar leis e condições iniciais que mostrem que tal tinha de ocorrer.» Nas previsões, a partir de leis e condições iniciais, deduzimos que o acontecimento indicado na conclusão vá ocorrer.
Explicação de leis: explicar uma lei é deduzi-la de leis mais gerais, ou seja, mostrar que é um caso específico de uma lei mais profunda ou englobante.§ Problema filosófico – “poderão existir explicações últimas?” – iremos precisar sempre de procurar uma explicação ou existerá uma teoria explicativa tão geral e profunda que ela própria não possa nem precisa de ser explicada?
§ Exemplo: Galileu e Kepler descobriram leis do movimento dos corpos materiais mas um através da observação à sup. terrestre (Galileu) e outro nos movimentos celestes (Kepler). Newton acabou com a divisão entre ambos e, apoiando-se nas suas teorias, propôs uma teoria baseada em leis com uma generalidade maior, que se aplicam a quaisquer corpos físicos e explicam as leis de Galileu e Kepler (casos específicos de leis mais gerais e profundas como as de Newton).
Modelo nomológico-dedutivo: subsumem os acontecimento a explicar em leis da natureza que têm um carácter determinista, ou seja, em virtude de certas regularidades ou leis da natureza mostra-se que um acontecimento tinha de acontecer dada a realização de certas condições iniciais (circunstâncias reunidas aquando da ocorrência do acontecimento a explicar)
§ Estrutura básica das explicações são argumentos dedutivamente válidos cuja conclusão é o explanandum e cujas premissas são o explanans.
§ Conteúdo do explanans: indica pelo menos uma regularidade ou lei da natureza e pelo menos uma proposição que descreve condições iniciais.
A hipótese é deduzida de leis mais gerais e tem como objectivo enunciar leis com elevado grau de previsibilidade » DEDUÇÃO » ciências exactas e naturais.
Modelo estatístico-indutivo: É falível pois enunciam leis probabilísticas que indicam tendências, através da observação e da generalização » INDUTIVISMO » ciências sociais e humanas.
Limites da aplicabilidade dos modelos:
Unidade da ciência – todas as ciências empíricas têm o mesmo método geral e julgam que esses modelos de explicação se aplicam a todas.Contudo, as ciências sociais e humanas não podem explicar os acontecimentos através de leis e costumam dar uma explicação teleológica (indicam a finalidade do acontecimento em vez de mencionar as causas).
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