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Teoria do Conhecimento
(Johannes Hessen)

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CAPÍTULO II – A ORIGEM DO CONHECIMENTO

Como saber ao certo a origem do conhecimento? Mesmo os filósofos mais estudados não chegaram a um acordo. O que se pode fazer é resumir as várias correntes que tentam explicar a origem. Alguns acreditam que ele surge no pensamento, independente das experiências. Outros acreditam que ele é formado a partir da ligação dos sentidos com o conhecimento. Vejamos o que dizem os filósofos:


Racionalismo – a principal fonte do conhecimento humano seria a Razão. O Racionalista só aceita que o conhecimento seja conhecido quando ele é necessário e universal. Para ele a verdade não será contestada quando houver uma necessidade lógica e validade universal. Todos conhecerão, em qualquer lugar a mesma verdade. No entanto, ele também reconhece juízos parciais, que são aqueles que depende de experiências. Para Platão existe o racionalismo transcendente, que seria as idéias que traríamos de outra existência e que seriam reavivadas com as experiências diárias. Já para Plotino, as idéias viriam do Nous Cósmico, ou seja, “a alma é iluminada e preenchida pelo alto”. Agostinho, reverte este pensamento para o Cristianismo, “o conhecimento ocorre com o espírito humano sendo iluminado por Deus”. Na idade moderna, a teoria ganha intensificação, passa a ser reconhecida como ontologismo, onde a doutrina da intuição racional do absoluto como fonte única. Com Descartes é a doutrina das idéias conatas ou inatas, segundo esta teoria nasceríamos com as idéias mais importantes, as fundamentadoras do pensamento. Já Leibniz existe apenas o germe, potencialmente, que nosso espírito nasce com a faculdade de construir. No século XIX, temos o contrário de todas as outras denominações, surge o racionalismo lógico, onde as experiências em nada somam no conhecimento ele é apenas pensante. A fonte exclusiva do conhecimento seria o pensamento.
Empirismo – afirma que o conhecimento é fonte das experiências, que o pensamento sozinho não se produz, somo uma tabula rasa, nascemos com percepções onde as experiências formam o conhecimento. Ao contrário dos Racionalistas os Empiristas quase sempre vem das ciências naturais, os empiristas não se envolvem nas experiências deixando a razão de fora. São destinquindas duas formas interna e externa, na externa deparamos com os sentidos, na interna temos a reflexão. Segundo Locke além de tudo que vimos temos a validade lógica, esta escapa a experiência, fica nas verdades independentes, por isso tem validade universal. Já em 1780, Condillac contesta Locke e estabelece o sensualismo estrito, que é a sensação como única fonte de pensamento. Já no século XIX John Stuart diz que as próprias leis lógicas do pensamento têm fundamento na experiência. O empirismo é abandonado por princípio, pois a questão não é a origem do pensamento e sim sua validade lógica.
Intelectualismo – novamente, como no capítulo I de nossos resumos, a mediação vem, para o intelectualismo tanto o racionalismo com o empirismo são as fontes do conhecimento. A experiência e o pensamento constituem conjuntamente o conhecimento humano. Os sentidos recebem as imagens das coisas e o intelecto transforma em idéias, juízos sobre as coisas.
Apriorismo – neste, também, temos uma mediação entre as idéias básicas do racionalismo e o empirismo – no entanto, com posição oposta ao intelectualismo, ele nos diz que o conhecimento tem elementos a priori, independentes das experiências, formas de conhecimento. A base desta tendência é “conceitos sem intuição são vazios; intuições sem conceitos são cegas.” Kant coloca que os pensamentos sensíveis são um caos e que colocar a ordem neste caos é à parte da intuição e do pensamento. A consciência constrói um mundo de objetos, colocando-os em categorias, são as formas do pensamento.Posicionamento Crítico – O fato é que em cada uma das teorias temos posicionamentos lógicos, o conhecimento só pode ser fruto de misturas destas, afinal como estaríamos pensando se não tivéssemos alguns conhecimentos a priori, ou se não tivéssemos experimentado algo para sabermos. Ser empirista, racionalista ou as facções intermediárias, nos levam ao conhecimento.



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