Estado Sao Paolo
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DESMATAMENTO ATINGE OS PEIXES. Mais um alerta está sendo dado em relação à não preservação do ecossistema. O homem desmata compulsivamente as florestas nativas e como prêmio de consolação planta eucalipto. Estas ações estão provocando uma esterilização nas regiões desmatadas em especial a Mata Atlântica que segundo a ONG SOS Mata Atlântica restam apenas 7% da vegetação original em todo o País. O eucalipto é originário da Austrália e já se adaptou ao nosso clima se desenvolvendo sem qualquer problema. Ocorre que os animais e insetos que habitavam a floresta nativa, fugiram por não encontrar alimento junto ao eucalipto. Com a evasão dos insetos a população dos peixes está desaparecendo por falta de alimento, estando ameaçadas mais de 300 espécies que vivem nos pequenos riachos e rios do bioma, segundo o livro “Peixes de Água Doce da Mata Atlântica” de Naércio Aquino Menezes. Outro ponto negativo desta política de reflorestamento com eucaliptos é o excessivo consumo de água, que segundo estudos realizados na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP, n° 173, Série Botânica 11, pelos professores Franco e Inforzato e Villaça e Ferri (1954), a partir do terceiro ano de vida uma planta Eucalyptus saligna, a mais utilizada no reflorestamento, consome por ano 19,6 milhões de litros de água, e um hectare com 2. 200 árvores consome 49,6 bilhões de litros de água, dando esse total uma equivalência pluviométrica de 4.000 mm de chuva por ano, em razão das suas raízes serem muito profundas. O eucalipto só é recomendado em situações onde haja necessidade de conter a erosão, pois com suas raízes profundas que se entrelaçam protege o solo do arrastamento provocado principalmente pela água da chuva.
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