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Demência
(Carla Sofia)

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O envelhecimento intelectual é fonte de grandes inquietações das pessoas á medida que vão interiorizando que estão a envelhecer. Desde já digo, para nos sossegar, se é verdade que está cientificamente provado que existe uma redução do volume cerebral com o passar dos anos, também é verdade que, este processo é tardio e pouco importante, ou seja é da ordem dos 2 por cento por cada dez anos a partir sensivelmente dos 50 anos. Isso não invalida que o nosso cérebro não seja um instrumento maravilhoso, muito resistente ao envelhecimento ao contrário do que nos acostumámos a considerar. É urgente que nos convençamos a todos desta verdade: O nosso cérebro só se gasta se não nos servimos dele! Felizmente para a espécie humana cuja sobrevivência depende da sua capacidade para aprender e reflectir, contrariamente aos animais… se as nossas respostas fisiológicas diminuem com a idade, a nossa actividade intelectual permite-nos criar meios, de compensar estas perdas. Ao considerarmos a questão da determinação da idade em que o declínio intelectual se inicia, verificamos que existem divergências. Alguns autores consideram que o declínio intelectual se manifesta a logo a partir dos 20/30 anos, outros a partir dos 40/50 anos, outros a partir dos 60/70 anos, e outros ainda que se recusam a afirmarem o que quer que seja, para não errar. No que diz respeito ao processo de declínio intelectual, também existem divergências uns defendem que é contínuo, gradual, e que se inicia cedo, enquanto que outros defendem que é abrupto e tardio, sendo que as manifestações precoces são patológicas. Investigações realizadas1, mostram que o declínio é pequeno, tardio e não universal, que o seu início se situa a partir dos 60 anos e permanece ligeiro até aos 75-80 anos e por último que se verificam evoluções intelectuais, com a idade, em sujeitos com níveis de escolaridade elevados. Ao longo dos anos têm sido várias as intervenções, junto de idosos para que tal facto diminua. De entre estas salienta-se um trabalho realizado com indivíduos entre os 64 e os 95 anos, em que estes eram estimulados em áreas como o raciocínio indutivo e a orientação espacial, entre outras, 40% dos indivíduos com declínio intelectual voltaram a adquirir o intelecto que manifestavam à 14 anos atrás! Através destes estudos pode-se comprovar os efeitos positivos da estimulação da inteligência e concluir que: O declínio não é irreversível, o declínio é em grande parte, resultante do desuso e pode ser controlado, através de intervenções relativamente simples de treino educacional. O declínio intelectual reflecte mais diferenças de desempenho, do que diferenças de competência; quer isto dizer que não só o envelhecimento cognitivo normal se manifesta em idades avançadas, como não é um processo homogéneo que afecta da mesma maneira as diferentes capacidades, havendo pessoas, sobretudo as que desenvolvem intensa actividade intelectual, que não perdem capacidades intelectuais, durante todo o seu ciclo de vida. Estes dados tiveram repercussões importantes no modo como, em certos países, se passou a encarar os sujeitos mais velhos, e o seu contributo para a sociedade. Não se trata de negar a realidade de um envelhecimento cognitivo, trata-se sim de encarar o funcionamento cognitivo dos adultos e dos idosos na sua plasticidade, com capacidades mais dependentes da experiência a compensar défices de capacidades mais dependentes das mudanças no sistema nervoso central que acompanha o envelhecimento cronológico.



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