O Presente de Fabinho
(Maria das Graças Roubaud)
Na festa de seu aniversário, Fabinho recebeu o presente que sempre sonhou ganhar: um lindo potrinho marrom. Uma única recomendação ele recebeu de seu pai: - você pode andar com seu potrinho somente pela rua estreita; na rua larga existe um abismo e, se vocês caírem nele, certamente se machucarão. Fabinho deu ao seu potrinho o nome de Piteco e a cavalgar saiu, todo feliz, exibindo o seu presente. No meio do caminho, encontrou Álvaro, um coleguinha que teve a idéia de juntos, montados no potrinho, darem uma corrida até ao parque. - Para irmos até o parque, não precisaremos passar pela rua larga? – perguntou Fabinho. - Claro que sim! Não existe outro caminho para chegarmos lá. – respondeu Álvaro intrigado. - Meu pai falou para eu não passear com Piteco por aquele lugar. É muito perigoso. - Que bobagem! Gente grande é tão exagerada! Vai ser muito divertido correr no potrinho e blábláblá. – e Álvaro convenceu Fabinho. E lá foram eles, alegres, montados em Piteco. A brincadeira estava tão divertida que nem notaram que o céu estava ficando escuro, anunciando um grande temporal. A chuva caiu rápida e forte e a rua Larga, que era de barro, estava tão escorregadia que o animalzinho não conseguia andar com os dois montados em seu lombo. Fabinho deu a idéia de descerem do potrinho para que, sem peso, Piteco pudesse andar. Assim que os dois desceram, um relâmpago assustou Piteco que saiu aos pulos e, desgovernado, caiu no abismo. Enquanto Fabinho chorava vendo Piteco caído lá no fundo, Álvaro correu até a casa do amigo para pedir ajuda. O pai de Fabinho chamou o Corpo de Bombeiros e depois saiu apressado para o lugar onde Piteco havia caído. Piteco foi levado ao veterinário e o médico mandou Fabinho e seu pai voltarem no dia seguinte para saber se o potrinho se salvaria - Piteco estava com uma de suas patinhas muito machucada. Ao chegar em casa, Fabinho nem quis saber de comemorar o seu aniversário. Ele correu para o quarto e chorando pediu a Deus, em nome de Jesus - pois foi assim que ele havia aprendido a orar - para seu potrinho não morrer.No dia seguinte, o veterinário informou que Piteco havia sido operado e que ele estava muito bem. Fabinho ficou tão contente que quis então comemorar não só o seu aniversário como também a vitória de não ter perdido Piteco.
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