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A Carta
(Maria das Graças Roubaud)

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Carmem nasceu numa cidadezinha  muito pobre no interior de Minas Gerais.  Lá não existiam parques e “shoppings”, as crianças se divertiam brincando de pique e de roda, cantando cantigas como “atirei o pau no gato”, “fui no Itororó” e outras,  muito antigas, que seus pais ensinavam. Brincavam também de carrinhos feitos com tampos de cadeiras e caixas de papelão o que  provocava tombos, ferimentos,  porém,  muita alegria. Como naquela cidade também faltavam hospitais e escolas, os pais de Carmem, preocupados com o seu futuro, resolveram que  ao completar sete anos, mandariam a filha morar com os tios na cidade do Rio de Janeiro, Cidade do Corcovado e do Pão de Açúcar, cidade de belas praias e gente muito bonita. No encontro da família, nas férias daquele ano, seu Barbosa e dona Constância trataram tudo com seus cunhados. Combinaram para o início do ano seguinte a ida de Carmem para a Cidade Maravilhosa. Chegaram o Natal e o Ano Novo e com eles a hora de preparar as malas para a viagem de Carmem. Dona Constância e seu Barbosa sabiam que sentiriam muitas saudades da filha, porém,  estudar era muito importante para o futuro da menina. Com grandes dificuldades escreveram um bilhete que começava assim:   Carmem,  cuando ocê aprendê  lê essa cartinha. si comporta e obedeci  pra não sofrê...   Chegando à casa de seus tios, seu novo quarto já estava preparado. Carmem desfez as malas e colocou o bilhete no fundo de uma gaveta. Carmem foi matriculada numa boa escola. Aprendeu a ler e a escrever e, eram tantas as atividades, que o bilhete ficou esquecido. Carmem sentia saudades dos pais e dos amiguinhos, mas os passeios, os coleguinhas do clube e os jogos no computador faziam com que ela se distraísse. Carmem já estava com nove anos quando junto com alguns colegas, resolveu “matar aula” para passear no Jardim Zoológico. Araras, tucanos, papagaios, macacos, onças, camelos, elefantes, girafas, tudo a encantava. O macaco Tião deixava saudades, mesmo para Carmem,  que só o conhecera de ouvir falar, muito embora tivesse encontrado outro, igualzinho, ocupando o  seu lugar. Sentaram-se na grama, fizeram um lanche e jogaram peteca. Chegando a hora de voltar para casa, tomaram um ônibus e foram surpreendidos por um grupo de adolescentes que arrancavam  das mãos dos passageiros bolsas e  jóias. Carmem e seus colegas foram acusados de participar do arrastão e todos foram levados para a delegacia. Os responsáveis foram chamados e só depois de muitos aborrecimentos, os tios de Carmem puderam trazê-la de volta para casa. Carmem ficou de castigo por uma semana e sem ter com o que se distrair, lembrou-se do bilhete dos pais. Lendo-o percebeu que se tivesse feito isso antes e seguido os conselhos ali dados, não teria passado pelo constrangimento que passou e muito se arrependeu de ter deixado de lado o que os pais haviam escrito.   Assim como os pais de Carmem, Deus também deixou para nós uma carta com várias recomendações. Elas estão escritas num grande livro chamado a Bíblia Sagrada... http://twitter.com/MGRoubaud



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