Teoria Cordelista III
(Anônimo)
Teoria Cordelista III3. - Moirões Dentro da contextura da Poesia Popular, o Moirão tem sido o gênero a sofrer grandes variações ao longo do tempo. “É uma modalidade, onde os cantadores se revezam dentro da mesma estrofe”. No século passado, o Moirão em quintilha substituiu o Moirão de seis versos, ambos em desuso. No Moirão de seis linhas, um Cantador fazia dois versos, o outro intercalava com dois, e o iniciante fechava a estrofe. Vejamos um Moirão de seis linhas, cantado por Romano e Inácio: I Seu Romano, estão dizendo Que nós não cantamos bem! R Pra cantar igual a nós, Aqui, não vejo ninguém! I E o diabo que disse isto É o pior que aqui tem No Moirão de cinco versos, que veio depois do de seis, havia um revezamento dos cantadores, nas duas linhas iniciais da estrofe, cabendo ao primeiro os três últimos versos para o fechamento da estância. Do encontro entre os paraibanos Romano Elias da Paz e Francisco Pequeno, colheu-se: F.P. No Mourão não deixo nó! R.E. O meu eu lavro de enxó! F.P. Colega, estou pesaroso... No recinto primoroso, Sei que fico a cantar só!
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