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panorama histórico sobre motivação nas organizações
(Claudia Maria de Almeida Carvalho)

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O aspecto motivacional do comportamento humano no trabalho representa um fato bastante recente. Anterior à Revolução Industrial (surgida a partir do advento das máquinas que podiam dispensar o trabalho humano), o uso de punições, criando medo generalizado, era a maneira de motivar os trabalhadores. Tais punições, além das de natureza psicológica, apareciam sob forma de restrições financeiras, atingindo até a forma de prejuízos de ordem física. Organização e maximização de lucros tinham nítida precedência sobre quaisquer outras das possíveis finalidades das empresas.Para níveis predeterminados de produtividade, defendia-se o uso de formas de controle sobre os subalternos. Acreditou-se que a principal fonte de incentivo à motivação seria substituir a punição ao trabalhador pela remuneração pecuniária, pensando que os trabalhadores escolheriam os seus empregos não pelo tipo de trabalho ou pelo conteúdo dos cargos, mas, o fariam baseados nas perspectivas de remuneração.A ênfase dada às medidas de compensação pelo bom desempenho foi tão acentuada que a satisfação passível de ser conseguida pelo trabalho acabou sendo confundida com a própria motivação para executá-lo. Na realidade, esses dois conceitos são independentes. Muitos teóricos sugeriam uma sistemática de recompensa/punição. O pensamento dominante teorizava que os trabalhadores seguiriam à risca tudo aquilo que estivesse previsto e claramente especificado.Entretanto, dentro desse ambiente de incentivo à produtividade máxima, os trabalhadores logo perceberam que estavam arriscando a sua própria segurança no trabalho. Poderiam receber salários bem maiores, mas isso requeriria número menor deles para atingir a mesma produtividade. Tem caráter perverso esse tipo de tratamento, pois os incentivos econômicos deveriam se tornar direitos, e não recompensas. Os trabalhadores optaram por adotar atitudes que levassem a restrição da produtividade, salvaguardando a sua permanência no emprego por mais tempo. A segunda proposta defende nova filosofia administrativa, pois, percebeu-se a importância de considerar a pessoa na sua totalidade. Pressupunha-se que a melhor maneira de motivar os empregados deveria caracterizar-se por forte ênfase do comportamento social dos mesmos. As organizações passaram a fazer com que os empregados sentissem a sua utilidade e importância pessoal no trabalho. A estratégia administrativa deveria promover o reconhecimento do valor da pessoa, além de buscar a satisfação das suas necessidades sociais.Outra situação de trabalho orientava para a necessidade de satisfazer ao desejo natural dos trabalhadores para se considerarem parte integrante de um grupo social, sem que fosse esquecido o reconhecimento individual a cada um deles. Essas necessidades eram consideradas como as mais importantes e substituíam com vantagens o efeito das recompensas em dinheiro. Aos supervisores caberia deixar clara a sua preocupação e simpatia para com os problemas, as necessidades e os desejos dos subordinados. A manipulação das pessoas no trabalho continuou, embora de modo diferente.A partir de novo modelo de compreensão do ser humano em situação de trabalho, passou-se a valorizar a intensificação dos canais de comunicação, tanto no sentido ascendente, como no descendente. Os trabalhadores deveriam, segundo essa diretriz, conhecer tudo o que dissesse respeito à organização, tendo abertura para emitir suas opiniões quer fosse quanto às estratégias produtivas, quer quanto às diretrizes administrativas da organização. Conseqüentemente, as formas de recompensa dos esforços no trabalho deixaram de ser individuais para ser aplica­das sob a forma de incentivos grupais. A motivação estava, nesse momento, sendo considerada parte integrante de um processo grupal, tendo, assim, um novo aspecto. Essa suposição que relaciona a motivação a um único fator, seja ele dinheiro, seja relacionamento interpessoal, logo dá provas da sua debilidade. O ser humano, tanto em si mesmo, quanto confrontado com o seu trabalho, mostra ser mais complexo do que era de se esperar. Surgem suposições mais elaboradas que formaram todo um composto de considerações, conhecidas como pertencentes ao enfoque da administração de Recursos Humanos. Continuava-se buscando novas soluções para os antigos problemas de motivação. As pessoas eram consideradas como qualquer outro recurso do qual as organizações poderiam dispor à semelhança dos recursos financeiros, tecnológicos etc. os modelos de administração, dentro de uma perspectiva mais abrangente, consideram os trabalhadores como indivíduos que se mostram motivados por um conjunto complexo de fatores. Começa-se a admitir, como ponto de partida, as restrições impostas pelas diferenças individuais em situação de trabalho. Torna-se forçoso aceitar que diferentes pessoas busquem diferentes objetivos motivacionais ao se engajarem em determinado tipo de trabalho. Esses trabalhadores são vistos como possuindo diferentes habilidades e talentos pessoais que são inéditos, próprios a um único indivíduo. Cada um tendo condições de contribuir de maneira diferente para a consecução dos objetivos organizacionais, cabendo à administração encontrar estratégias capazes de desbloquear a saída de tais recursos, para que se transformem em ações eficazes e produtivas.Atualmente, reconhece-se que cada um já trás dentro de si suas próprias motivações. Aquilo que mais interessa é encontrar e adotar recursos organizacionais capazes de não sufocar as forças motivacionais inerentes às pessoas. O importante passa a ser agir de tal forma que as pessoas não percam a sua sinergia motivacional. Descobre-se que o ser humano não se submete passivamente ao desempenho de atividades que lhe sejam impostas e que não tenham para ele nenhum significado. Hoje, todo o esforço da administração dá mostras de estar voltado para a compreensão da natureza complexa dos padrões motivacionais. Assim, há condições de que os objetivos individuais e organizacionais possam caminhar lado a lado. Nesse novo ambiente, o estudo da motivação passa a entendê-la como fenômeno comportamental único e natural.O empregado necessita de uma força extraordinária para desenvolver seu trabalho e fortes componentes de motivação.



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