ALÉM DAS LAMÚRIAS
(PAULO SÉRGIO BUHRER)
Como é fácil criarmos conjecturas acerca de todos, menos de nós mesmos. Todos os anos os episódios se repetem. Uns reclamam por não terem nada o ano todo, porém, o assistencialismo faz com que no próximo ano, ajam da mesma fora, ou seja, esperam as coisas caírem do céu. Outros lançam mão de ofensivas, ataques, difamações, lamúrias contra o governo, asseverando que a culpa de todos os problemas é desse governo, por não cumprir as promessas feitas para conquista do voto da população. Deveras, é enfadonha a situação. Cansativa. Promessas, promessas e mais promessas. Mas será que só o governo é que tem responsabilidade pelo povo? Será que todas as ações sociais, devem partir somente dos egrégios senhores que comandam, ou ao menos, foram eleitos para comandar o destino da população? É evidente que não. Somos infinitamente capazes de criar uma falácia sobre problemas sociais, sobre pessoas que no Natal e no novo ano, não terão um pedaço de pão sequer para comemorar a estas datas, para muitos de nós, festivas, todavia, quando somos instados a realmente pôr a “mão na massa”, quando somos chamados a assumir algum compromisso que venha a reduzir ao menos a amargura com que muitos levam a vida, ou sobrevida, nada fazemos e ficamos alheio e caímos no descaso. É praticamente impossível um governo erradicar a pobreza, o sofrimento de um povo, sem que pessoas de fora do governo tenham ações que auxiliem-no no processo, não de assistencialismo, mas de auxílio a esse povo. Eu diferencio assistencialismo, usando uma máxima bastante conhecida que diz: “ao invés de dar o peixe, ensine a pescar.” Lindo não? Sem dúvida alguma muito bonito. Agora vamos ser sinceros: Quantos são capazes de pescar se nunca lhes foi dada a rede, a vara? Quantos são capazes de pescar, se sequer água existe para beber, o que dizer de água para haverem peixes? Ouvir demagogias a despeito desse assunto é a coisa mais fácil do mundo, já, ver ações eficazes dos demagogos é bastante difícil. E não estou falando do governo, estou falando de nós mesmos, de pessoas simples, que com toda certeza, um mínimo de auxilio poderíamos dar a essas pessoas miseráveis, sem nos preocuparmos se isso é papel nosso. Quantos de nós foram capazes de irem até alguma instituição de caridade durante este ano, levar a nossa alegria, nossa consideração e é claro, além disso, de auxiliar de maneira eficaz essas instituições? Quantos de nós foram capazes de, ao invés de difamar os governantes, tomar atitudes na práticas? Quantos forma capazes de ir aos correios, retirar uma cartinha, que pedia unicamente uma cesta básica, ou roupas, ou brinquedos? Vamos entrar neste novo ano com novos pensamentos. Vamos deixar de lado as reclamações e passarmos a agir. Deixar de queixar-se a ir além das lamúrias. Façamos pequenas coisas, que unidas, tornar-se-ão grandes. Já imaginaram o que aconteceria se cada um dos que podem ajudar, ajudassem, ao invés de usar de evasivas quando somos solicitados para fazer o b em ao próximo?
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