Culto à Forma
(Thiago Carvalho)
Vivemos hoje em uma
sociedade “apolínea”¹. Cheia de padrões, estéticas, leis e moral.
O conteúdo é secundário, pois se alguém disserta sobre
qualquer assunto, por mais que tenha sentido e coerência, ele pode ser
completamente ridicularizado se a forma com a qual o faz não seja a forma
padrão.
Temos o iminente Professor Emir Sader, doutor
em ciências políticas pela USP, Sempre criticado, não por seus artigos de
conteúdo irretocável, mas por alguns pequenos erros ortográficos e gramaticais
que ele comete. Nossa sociedade ainda não entende que o primordial é o conteúdo
e não a forma. Neste caso específico o importante é a comunicação, levar a
mensagem adiante e que tenha conteúdo e não ficar preso a regras “parnasianas”²
.
Por outro lado
temos “olavetes” (Olavo Bilac e Olavo de carvalho) que cultuaram e cultuam à
forma ao conteúdo. Cultuam estes padrões estéticos, que no fundo só servem como
forma de preconceito. Vejam o Lula, apesar de contraposições é o presidente, o
já citado Emir Sader, sempre criticado e subvalorizado por cometer deslizes
gramaticais, esses casos entre muitos são prova deste culto absurdo à
aparência!
A sociedade
seleciona e condiciona até mesmo os jovens que pretendem se formar.Vejam as redações, elas podem ter conteúdo mas se não
cumprir as regras e padrões da língua, provavelmente estes alunos terão de
passar mais um ano estudando.
Esses padrões sem motivo e inúteis por não
contribuírem em nada, estão presente em tudo. Na forma de se vestir para trabalhar ou
passear, escrever e falar, comportamentos e até mesmo relações afetivas.
Qual motivo de terno e gravata para trabalhar? Escrever determinada palavra com
dois “esses”, “Cidilha” ou “C”? Determinada pessoa fica mais competente de
terno? Ou um texto “parnasiano” é mais culto, profundo e tem mais conteúdo do
que um texto sem forma definida? O importante é se
comunicar independente de qualquer que seja a forma. De cumprir seu trabalho
independente de sua roupa, e de viver independente do que pensam sobre
você.Apolíneo¹ referente às escolas literarias apolíneas como a parnasiana.escolas que cultuavam acima de tudo a métrica, e tudo relativo a forma.Parnasianas² Referente à esta escola literaria, que presava por períodos complexos e palavras rebuscadas, tanto quanto a norma culta da língua.Thiago Carvalho.
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